A duplicação da rodovia BR-356 à MG-329/Rio Casca poderá ter cobrança de pedágio no valor de R$ 44,04. O valor foi divulgado nessa segunda-feira (29/5), durante audiência pública na Câmara Municipal de Ponte Nova.
A audiência – marcada pela presença dos deputados petistas Padre João Carlos/federal, Leleco Pimentel e Marquinhos Lemos/ambos estaduais – debateu a privatização das rodovias BR-356, MG-262 e MG-329. Compareceram representações de Teixeiras, Itabirito, Ouro Preto, Rio Casca e Urucânia.
Eles divulgaram o programa de privatização das estradas abrangendo 190,3km em 11 municípios (Nova Lima, Itabirito, Rio Acima, Ouro Preto, Mariana, Acaiaca, Barra Longa, Ponte Nova, Urucânia, Piedade de Ponte Nova e Rio Casca). A proposta menciona valores de pedágios em Nova Lima/R$ 14,51, Ouro Preto/R$ 11,71, Acaiaca/R$ 11,24 e Ponte Nova/R$ 6,58.
Os valores propostos podem ter redução de até 20%, caso os interessados na privatização queiram abaixar os preços. Pelo indicativo atual, contudo, para ir de Belo Horizonte a Rio Casca, por exemplo, o custo total será de R$ 44,04, como enfatizou o vereador pontenovense Guto Malta/PT.
Alerta Marquinhos Lemos: "O projeto apresentado à Assembleia Legislativa – precedendo o edital de privatização das citadas rodovias – tramita sem alarde, sem discutir com a população sem debater com quem será beneficiado ou prejudicado. O governador Romeu Zema/Novo não ouve a população. Foi assim durante 4 anos."
Continua Marquinhos: “Queremos rodovias boas, com segurança, qualidade, acessos, como Itabirito, que precisa de viaduto, travessias, mas não queremos que o povo trabalhador pague por isso.” Ele lamenta a ausência – justificada – de Pedro Bruno Barros de Souza, secretário/MG de Infraestrutura e Mobilidade.
"Trata-se de proposta de um desgoverno chamado de eficiente, que incluiu, no projeto de cruel concessão/terceirização, a duplicação somente de uma parte da rodovia de Ouro Preto rumo à BR-40 para atender as mineradoras que atuam naquele trecho", declarou Leleco Pìmentel para arrematar: "Vamos mobilizar as cidades para que não tenhamos alto custo da passagem pelas estradas."