Nesta semana, enquanto a Polícia Militar prosseguia na rotina de percorrer escolas públicas e privadas com sua campanha contra a violência e as fake news, mantinha-se o debate na Rede Municipal de Ensino sobre a primeira versão do protocolo de segurança nas salas de aula, divulgado pela Secretaria Municipal de Educação/Semed ainda em 20/4. Outros protocolos foram divulgados pelo IFMG/PN e a Superintendência Regional de Ensino.
Assim como a PM, a Polícia Civil divulgou sua Cartilha Escola Segura, com exemplar enviado a este Jornal pelo delegado regional, Silvério Aguiar. Já a Câmara Municipal/PN marcou para 11/5 audiência pública sobre o tema. “Vereadores e representantes de órgãos envolvidos com a educação e a segurança se reunirão, juntamente com a população, para discutir e entender a situação atual e debater como será o futuro”, diz o texto divulgativo.
Rede Municipal
No caso do protocolo da Semed, o documento estabelece diretrizes e atitudes de enfrentamento da violência no contexto escolar com foco na prevenção. “Os recentes fatos noticiados de ameaças, desespero e massacre em escolas brasileiras requerem uma reação enérgica e eficaz dos organismos públicos”, informa o documento para acrescentar: “Crimes cibernéticos e fake news também fazem parte desse rol de criminalidades que assola a comunidade escolar. Precisamos combatê-las com reformulação tecnológica e reforço do sistema educacional e do aparato de segurança.”
Sabe-se que ataques em série reforçam a importância da conscientização sobre bullying e violência nas escolas. Sendo assim, a Semed prioriza nestes dias recebimento de notícias sobre casos de bullying escolar.
“Há mobilização pró-orientação, registros e envolvimento dos responsáveis legais e demais órgãos públicos que possam atuar nos casos. O esforço é conjunto: gestores, dirigentes, coordenadores, especialistas, professores, demais profissionais da educação, demais órgãos públicos e comunidade escolar”, diz o informe.
A proposta em debate prevê linha direta de telefone com a Sala de Operações da Polícia Militar para garantia da rapidez no registro de ocorrências. Os casos devem ser compartilhados com o Conselho Tutelar e a Polícia Civil.
Consta do protocolo o alerta da comunidade para: crimes contra o patrimônio público; posse ou localização de arma ou outro objeto de risco; casos de roubo/furto; violência contra crianças e adolescentes; indicativos de bullying, homofobia, transfobia, racismo, xenofobia, sexismo e intolerância religiosa;violência contra meninas e mulheres; estudante com sinais de maus-tratos; sinais de alertas comportamentais/tentativa de suicídio; e agressão física entre estudantes e/ou servidores públicos.