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Celebração de Corpus Christi nas Paróquias de Ponte Nova

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‘À minha grande amiga Jussara Semião’

Maria Gilda Alves Costa Martins – Arquiteta/engenheira elétrica, dirigente da Imobiliária Paraíso
 
 
Amanheci em busca de inspiração para realizar a doce incumbência de escolher um personagem feminino que tivesse feito parte de minha história. 
Me lembrei de um escritor que há muito tempo li e que me marcou pela sua estória. Ele deveria escrever uma dissertação para término de seu mestrado, cujo tema escolhido seria sua cidade natal. 
 
As informações eram tantas, que ele não conseguia se focar em nada. O tempo foi passando e com ele sua ansiedade foi aumentando. Resolveu então reduzir sua área de atuação, passando a escrever sobre um bairro de sua cidade natal. 
 
Nada o inspirava, e seu desespero foi crescendo a ponto de resolver escrever sobre sua rua e finalmente sobre sua casa. Com tristeza percebeu que nada fazia sentido, que jamais poderia colocar vida em 2.000 palavras para contar tudo o que viveu. 
 
Fechou os olhos e tentou memorizar cada detalhe da fachada, cada janela, cada porta e foi então que se surpreendeu com uma lembrança até então esquecida. O quarto tijolo da segunda fiada abaixo da janela da cozinha tinha um lascado na ponta direita. Foi como se abrisse um caminho, e ele enfim escreveu toda sua tese a ponto de transformá-la em um livro. A pequena lasquinha foi sua inspiração.
 
Passei então a reviver as minhas memórias de forma a encontrar a pessoa que gostaria de homenagear hoje: 8 de Março – Dia Internacional da Mulher. 
 
Lanço a ideia para todos os leitores: que tal estender esta homenagem a uma pessoa querida e grande amiga?
 
Decidi então me lembrar da melhor delas: a minha grande amiga Jussara Semião, falecida precocemente e nem por isto esquecida. Pontenovense de destaque, moderna, evoluída para sua época, empresária de sucesso profissional impecável e principalmente “amiga”.
Buscando meus arquivos, revi um pequeno poema a ela endereçado, que a seguir deixo aqui para esta mulher extraordinária:
 
“Poema para uma amiga
 
Assim gostaria que nascesse este poema,/ Ao acaso, intemporal, poema simplesmente,/ Onde ficasse marcado o verdadeiro sentido da amizade;/ Poema brotado no retiro da memória/ Onde você está em mim guardada/ Eternamente arquivada/ Prezada amiga das horas carentes e de horas felizes/ Da descontração das horas musicais ou teatrais/ De punho erguido, elevo espadas de fogo/ Aquelas que nos levaram a enfrentar a vida e o jogo/ De abrir nossos corações, sem medo e sem cobrança/ Mantendo sempre a esperança de que podemos coexistir.”

 

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