Roberta Lambertucci Glueck
27 anos, natural de Belo Horizonte e Soldado do Corpo de Bombeiros Militar, está em Ponte Nova desde dezembro/2017
Ser mulher e exercer várias profissões hoje em dia ainda são uma quebra de tabu muito grande, já que muitas destas são usualmente executadas pelo sexo masculino.
Como primeira mulher a trabalhar no Pelotão do Corpo de Bombeiros Militar de Ponte Nova, me vi, inicialmente, com um grande desafio pela frente, sem saber o que iria enfrentar, seja em relação ao preconceito ou ao machismo, de ter meu trabalho colocado à prova a todo o momento apenas por ser do sexo feminino.
Mostro no meu esforço diário realizando atividades de combate a incêndio, mergulho, salvamento aquático, salvamento em altura, salvamento terrestre, corte de árvore e todas as inúmeras funções exercidas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Com treinamento adequado, força de vontade e dedicação, independentemente do sexo, eu e qualquer mulher conseguimos exercer, não só a atividade de bombeiro militar, como a profissão que quisermos.
Mesmo com pouco tempo na Corporação, percebo que a força e o espaço feminino vêm crescendo muito, graças às várias excelentes profissionais, demonstrando que, para exercer a função, não importa o sexo, e sim a capacitação da pessoa como profissional.
As pessoas têm que abrir mais a cabeça e enxergar que, hoje em dia, seja homem ou mulher, há espaço para todos em todos os tipos de trabalho, bastando a pessoa ter aptidão e o treinamento necessário para a execução.
Com isso, a presença feminina em profissões ditas masculinas passará a ser mais natural e nosso trabalho, valorizado pelo que ele realmente é, e não taxado por um preconceito estipulado apenas pelo nosso gênero sexual.