Maria de Fátima Alves Costa Pereira – Ex-superintendente regional de Saúde e atual gerente-administrativa do Centro Imagem de Referência de Ponte Nova
Na vida, admirei e me espelhei em diversas mulheres empoderadas, que me serviam de exemplo para seguir os ideais e acreditando que poderia ser uma das mulheres que atuariam na transformação social, buscando um mundo mais justo.
De Maria Quitéria a Marta! E eu acreditava e tinha convicção das lutas que defendi. Hoje, meu momento é Cecília Meireles.
Ela foi uma das representantes da segunda fase do modernismo. Fase de consolidação. Como ela, estou no segundo tempo da vida, me esforçando por intensificar minha sensibilidade e delicadeza, tentando viver plenamente!
Entre os temas mais frequentes de Cecília Meireles, estão a passagem do tempo, a solidão, a efemeridade da vida. Questões muito presentes em mim. Cecília Meireles era uma poeta intensa, intimista e visceral:
– “Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.”
– “Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: – Em que espelho ficou perdida minha face?”
Tudo o que ela diz é profundo e forte, com delicadeza.
Na comemoração do Dia Internacional das Mulheres, gostaria que nossas palavras tivessem peso, como as dela!