As 24 Escolas Municipais de Ponte Nova são dirigidas por mulheres. Para Neiva Sueli Rosa Guimarães, que trabalha no Centro Municipal de Educação Infantil Nossa Senhora das Graças, no bairro da Rasa, “é uma responsabilidade muito grande”.
Conta ela: “O trabalho de uma professora desgasta muito. Somos mães e muito trabalho não fica somente na escola. Levamos trabalho para casa. A gente tem que saber dividir. O trabalho exige muito, e a família, também.”
A educadora salienta que, a cada dia, cresce a importância da atuação feminina no mundo social e profissional: “Hoje a mulher não é vista somente como doméstica, dona de casa. Ganha espaço na empresa, e o mundo percebe o quanto somos capazes.”
O trabalho de inclusão social desempenhado na Escola de Sueli é bem avaliado: “A gente recebe os pequeninos e traça prioridade de trabalhar para que a inclusão social dela ocorra desde o primeiro momento.”
‘Precisamos de punição mais rigorosa para agressores de mulheres’
Completando 10 anos como educadora, Gilmara Paulina, professora da Escola Municipal João Guimarães/Rasa, entende que são necessárias punições mais rigorosas para os agressores de mulheres.
“Não pode simplesmente chegar à Delegacia, dar depoimento e, através de fiança, ser liberado. A mulher vítima de violência precisa ser mais protegida, e o agressor deve pagar”, diz ela.
Indignando-se ao ler reportagens nas quais homens agridem e até matam mulheres que não quererem continuar o relacionamento, Gilmara leva suas convicções para a sala de aula.
“A gente educa as crianças [de até cinco anos] ensinando que
as pessoas não podem se agredir, independentemente de ser menina ou menino, respeitando o ambiente de educação e de aprendizado”, informa ela.
Otimista na projeção feminina em profissões que até algum tempo eram tidas como mas-
culinas, a educadora conclui: “A mulher está sendo mais valorizada no ambiente profissional.”