Maria Aparecida Delgado Chaleno, diretora da Escola Municipal Nossa Senhora do Rosário, no distrito do Pontal, fez uma análise geral do papel da mulher perante a sociedade.
“Somos todas guerreiras, pois trabalhamos fora e cuidamos também da família, da casa. O marido chega do trabalho e tem roupa e comida pronta . Acho que não deveria ter o dia internacional. A nossa data é a de todos os dias”, declara ela.
Maria Aparecida aposta na mudança de conceitos: “A mulher é igualada no trabalho, então não se justifica o salário menor. Hoje temos caminhoneiras, taxistas e policiais. Vimos, em Brumadinho, uma pilota de helicóptero do Corpo de Bombeiros salvando vidas na lama de rejeitos de minério.”
A diretora dá ênfase ao combate da violência: “Homem que bate e violenta a mulher tem que tomar cadeia mesmo! Inclusive nosso presidente Bolsonaro mudou a lei, agora dobrando a pena para o homem que pratica estes atos.”
Resume ela: “Já na escola, a gente conversa muito com os adolescentes, frisando que em mulher não se bate nem com uma flor. Orientamos todos para tratarem bem as professoras, mães e irmãs.”
Na educação, a luta por uma sociedade melhor
“Todos os temas propostos pela FOLHA para este Dia Internacional da Mulher são importantes e estão interligados, envolvendo o espaço que a mulher está tendo hoje e que antes ela não tinha.”
Assim Karina da Fonseca Ribeiro, diretora da Escola Municipal Gerônimo Pinto de Godói, na comunidade de Massangano, falou a este Jornal, salientando que o espaço atual para a mudança provoca muitos desafios, “os quais a mulher enfrenta com coragem, disciplina e responsabilidade”.
“Eu, por exemplo, eu trabalho em duas escolas, assim como a maioria dos professores, tendo que cuidar dos filhos, de casa e de mim. Está sendo um grande desafio de estar na Direção de uma escola, pois sem educação não somos nada. Eu me sinto orgulhosa de fazer parte da luta por uma sociedade melhor.”