A comemoração dos 120 anos da Escola Nossa Senhora Auxiliadora/ENSA foi marcada, na noite de 16/4, por missa festiva e lançamento de selo postal. A diretora institucional da Escola, irmã Neuza Maria de Freitas, esteve ao lado do representante dos Correios/PN, Davi Tavares, na solenidade de obliteração do selo. Além dela, discursaram o arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio, a irmã Maria Américo Rolim, diretora provincial da Inspetoria Madre Mazzarello/BH, e o prefeito Guto Malta/PT.
Enquanto o arcebispo exaltou a “doação, o sacrifício, a renúncia e a esperança das religiosas pioneiras, que tanto contribuíram para a educação local e regional, inclusive com muitas vocações”, o prefeito disse o seguinte: “Ao fundar a Congregação Salesiana, Dom Bosco antecipou em um século a Teologia da Libertação [que parte da premissa de que o Evangelho exige a opção preferencial pelos pobres].”
A irmã Maria Américo fez longo pronunciamento, sublinhando a extensa “ação dinâmica das salesianas na cidade de Ponte Nova e região". Ela assinalou a ampliação do ensino formal com as atividades do Oratório Festivo para crianças carentes e, em anos recentes, via Fundação Menino Jesus [a entidade – presidida pela irmã Zélia Patrício – atende adolescentes e crianças carentes].
Para a diretora provincial, a festa de 16/4 deve ser vista como uma “provocação” à comunidade educativa de hoje para “escrever novas páginas significativas, com audácia e determinação. É preciso estabelecer aliança entre a humanidade e o ambiente, traduzindo isso em novos hábitos e no compromisso pela ética, que leva à paz e ao direito”, disse ela.
“Acreditemos no valor transformador da educação como alternativa ao mundo da corrupção e da violência. Unamos nossas forças para abrir novas janelas, buscando, além dos muros, os sinais da vida e da esperança que estão presentes na sociedade”, acrescentou irmã Maria Américo.
Para ela, “deve-se ousar, deixando que os jovens habitem nossa casa não como hóspedes, mas como companheiros de caminhos na busca de uma sociedade ética e humana”. As religiosas devem, segundo ela, "ser missionárias da esperança e de alegria nas periferias geográficas e existenciais de nossa sociedade”.