Ana Maria Ferreira Proença (Aninha de Fisica) – PSB
Presidente da Câmara Municipal de Ponte Nova
Embora sempre presentes e atuantes em importantes momentos da história de nosso País, a participação da mulher nas atividades políticas demorou a ser reconhecida e aceita. Os direitos de votar e de serem eleitas só lhes foram assegurados em 1932, depois de muitos anos de reivindicações e discussões.
Sessenta anos depois, em 1992, Ponte Nova elegeu a primeira mulher vereadora e, em 2018, 155 anos depois da instalação da Câmara de Ponte Nova, após dezenas de legislaturas, foi eleita a primeira mulher presidente do Legislativo pontenovense.
A presença da mulher é tão importante no exercício dos Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) quanto nos lares. Estes, em sua maioria, são administrados e mantidos pela sua força e determinação, assim como em qualquer outra atividade.
É visível a escalada das mulheres ocupando cargos importantes na iniciativa privada e no setor público. Elas são destaque na pesquisa científica, no esporte, nas Forças Armadas, nas artes e na política. Onde quer que estejam, as mulheres protagonizam um tempo de conquistas, de afirmação da igualdade e de direitos entre gêneros.
Temos ainda muito o que conquistar em termos de participação feminina e equiparação de direitos. Mesmo com a inserção das mulheres no mercado de trabalho, o quesito “direitos iguais” é um entrave. Mulheres ainda ganham menos que os homens, ocupando os mesmos cargos. Poucas são alçadas a cargos de chefia e, no quadro político, não é diferente: o Brasil é um dos países que menos tem participação de mulheres na política.
Pesquisas mostram que, quando uma mulher é eleita, as chances de corrupção em seu governo são menores, se comparadas aos homens, e que a representatividade feminina na política garante mais investimentos em saúde e educação, pilares de quem se preocupa com o seu povo.
É fato que vivemos numa sociedade predominantemente machista. Mas é preciso continuar quebrando esse paradigma. Precisamos mudar esse quadro! Vamos apoiar mais as mulheres na política, afinal, elas devem representar a maioria de eleitores do país, trazer benefícios para toda a população e igualdade de gênero, o que é essencial na sociedade em que vivemos.
Mulheres, crianças, jovens ou idosas, brancas, negras, indígenas, rurais, urbanas, LGBTTIs: precisamos nos unir para garantir avanços e impedir retrocessos!
Só pra constar – Em 1934, a professora Antonieta de Barros, filha de um escravo liberto, foi eleita para a Assembleia do Estado de Santa Catarina. Ela foi a primeira parlamentar negra da história do Brasil.