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A relação das crianças com a tecnologia

* Neide Aparecida Coelho Moreira – Psicóloga – CRP MG 47.134

Consultório – Av. Dr. Otávio Soares, 41 / Sala 112 – Palmeiras/Ponte Nova – Fone: (31) 99100-0091

 
 
Pais, como está a relação dos seus filhos com os aparelhos eletrônicos (computador, celular, smartphones, tablets)? Vocês estão colocando as crianças e os adolescentes em contato direto com a tecnologia?

Com certeza! E ainda com as melhores das intenções, por acreditarem que eles são muito inteligentes e devem acompanhar a evolução tecnológica.

Hoje em dia, até os bebês já sabem mexer no celular, deslizam com os dedinhos sob a tela destes aparelhos. O acesso das crianças às novas tecnologias é inevitável e definitivo. E partir de que idade as crianças devem manusear estes aparelhos, principalmente os celulares?  Por quanto tempo? Existem perigos destas práticas e quais são? São os telefones móveis e os tablets as novas babás das nossas crianças?

Pesquisa realizada em 2016 pela AVG Technologies (pioneira em softwares de segurança/líderes mundiais em segurança digital) com famílias de mais de 40 países mostrou: 66% das crianças entre 3 e 5 anos de idade conseguiam usar jogos de computador; 47% sabiam usar smartphone, mas, acreditem, apenas 14% eram capazes de amarrar o tênis sozinho.

A Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria revelam estas 11 razões pelas quais crianças menores de 12 anos não devem utilizar esses aparelhos sem controle. 

1) Uma alta exposição às tecnologias pode causar o aceleramento do crescimento cerebral, provocando déficit de atenção, atraso cognitivo e aumento da impulsividade.

2) O sedentarismo pelo uso das tecnologias aumenta em até 30% as chances de serem obesas, além de outras doenças, como diabetes, problemas cardíacos.

3) O excesso de exposição à tecnologia pode acarretar limitação de desempenho acadêmico, ou seja, na alfabetização e na atenção.

4) Desenvolver miopia por ficar muito tempo olhando a tela, porque o cérebro registra as funções para enxergar de perto, comprometendo a função da visão à distância.

5) A constante utilização desses recursos para jogar, assistir filmes ou simplesmente conversar pela internet pode gerar dependência na criança em diferentes níveis, e provocar alteração do sono infantil, ocasionando problemas de crescimento.

6) Problemas emocionais, como uma séria de distúrbios mentais tais como depressão, ansiedade, transtorno bipolar e distúrbios no processo de vinculação entre pais e filhos.

7) A Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Canadense de Pediatria afirmam que conteúdos multimídias em alta velocidade reduzem as faixas neuronais para o córtex frontal, que podem contribuir para o aumento do déficit de atenção, provocando  problemas de concentração e memória.

8) A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica os celulares como um risco na emissão de radiação. Há muita discussão sobre a relação entre o uso de celulares e o surgimento de câncer cerebral. Os cientistas, porém,  concordam em que as crianças são mais sensíveis aos agentes radioativos do que os adultos, correndo risco maior de contrair doenças como o câncer. 

9) Crianças tendem a repetir os comportamentos dos adultos e de personagens que consideram referência: elas imitam o que costumam e gostam de ver. Assim, quanto mais expostos a jogos e vídeos violentos e agressivos, mais chance de ocasionar problemas de agressividade.

10) O uso em excesso desses aparelhos pode causar dependência. Estudos demonstram que uma a cada 11 crianças são viciadas nas novas tecnologias, distanciando-se do seu meio, de amigos e familiares.

11) O constante uso de aparelhos eletrônicos para se conectar a redes torna as crianças vulneráveis e sujeitas a uma superexposição e expostas a abusos. Há um aumento considerável de casos de pedofilia e crimes relacionados a encontros de crianças e adolescentes com desconhecidos que conhecem pelas redes sociais.

Esta pesquisa ainda revela que os bebês entre 0 e 2 anos não devem ter contato algum com a tecnologia; entre os 3 e 5 anos, deve ser restringido a uma hora por dia; e de 6 a 18 anos; a restrição deveria ser de duas horas por dia.

O psicólogo Cristiano Nabuco afirma: “Quanto maior o sucesso na internet, menor o sucesso na vida real, porque o sujeito acaba perdendo a habilidade de se relacionar com as pessoas na vida real.” 

Não dá, entretanto, para descartar totalmente o uso dessas tecnologias na educação dos filhos. A internet permite que as crianças tenham mais informações e pode ser uma aliada dos estudos, porém cabe aos pais o controle dessa exposição.

É indispensável adotar algumas regras:

–  Limitar a quantidade de horas por dia em que a criança utilizará os aparelhos eletrônicos.

– Controlar os acessos dos filhos às redes sociais e sempre conversar explicando os riscos que existem no mundo virtual.

– Para driblar os excessos, algumas alternativas são válidas, como: não oferecer aparelho exclusivo para criança, mas compartilhar um aparelho com um adulto por exemplo.

– Contratar um plano pré-pago e definir com o filho o valor que pode ser gasto em determinado período também são uma solução. Acabado o crédito, terá que esperar até o próximo período a ser recarregado.

– Criar senhas de acesso para download de aplicativo em que apenas os responsáveis têm acesso é outra alternativa: assim, os responsáveis terão acesso ao que a criança está vendo ou jogando na internet.

Mas atenção, pais! Não adianta obrigar seu filho a desconectar-se da internet para praticar outras atividades, se você continuar grudado no celular ou tablet em seu momento de lazer: as crianças aprendem com exemplos!

 

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