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InícioCIDADEA vez das reclamações dos que trabalham na São Jorge AutoBus

A vez das reclamações dos que trabalham na São Jorge AutoBus

A Direção da São Jorge AutoBus decidiu inverter o cenário de reclamações sobre o transporte coletivo, convidando autoridades para em 13/5 ouvir as demandas de parte de seus 80 motoristas, fiscais e outros funcionários vinculados à circulação dos ônibus.
 
Os diretores/irmãos Flavinho e Rafael Andrade recepcionaram Lucas Aguiar/diretor do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) e os vereadores Wagner Gomides/PV, Zé Roberto Júnior/Rede e Emerson Carvalho/PTB, os dois últimos integrando a Comissão Tarifária Municipal.
 
Ocorreram muitas manifestações do pessoal da São Jorge, relacionando fatores dificultadores do cumprimento dos horários de cada itinerário e admitindo que em parte os passageiros compreendem os problemas. “Temos compromisso com os usuários, mas veja bem: um carro parado num engarrafamento ou trecho de desvio afeta uma família, enquanto um ônibus parado afeta a população em geral”, disse Flavinho Andrade.
 
‘Realidade das ruas’
 
“Entendemos que este é um bom momento para que vocês, motoristas, se posicionem sobre a realidade encontrada nas ruas. Temos metas permanentes de oferecer transporte de qualidade. Retomamos a rotina pós-pandemia e queremos dar resposta adequada à comunidade, mas são muitos os problemas”, continuou o diretor.
 
 
 
Na sequência, os trabalhadores se revezaram em avaliações com o mesmo foco: os ônibus circulam numa cidade com piso ruim, sendo fator de risco de acidentes e de quebra dos veículos; e há sequência de obras sem sinalização adequada e buracos abertos sem aviso prévio e sem indicar rotas alternativas para o tráfego.
 
Os relatos ainda se detiveram noutros obstáculos: carros – especialmente os de aplicativos de transporte – parados nos pontos de parada de ônibus. Estes espaços são ocupados inclusive por caminhões de carga e descarga, dificultando a rotina de embarque e desembarque de passageiros.
 
‘Tráfego confuso’
 
Outro consenso nos desabafos: em Palmeiras, o tráfego é confuso, com filas duplas e outros obstáculos na av. Otávio Soares, das imediações da praça até o Supermercado Bahamas, o que dificulta o fluxo dos ônibus, cujos condutores enfrentam também direção agressiva de motociclistas e pedestres atravessando fora da faixa ou sem observar o sinal vermelho para a travessia.
 
Segundo os denunciantes, os problemas continuam em avenidas próximas, com mais detalhes: sequência de acidentes provocando engarrafamentos e, na rotina, sem priorizar os ônibus na hora da liberação. E mais: os ônibus não têm vez nem ao se aproximar de veículos em baixa velocidade, a exemplo de caminhão coletor de lixo e viatura policial.
 
‘Buracos e outros obstáculos’ 
 
Ainda conforme os motoristas, as viagens não rendem em alguns bairros por causa dos buracos, entre outros obstáculos. “Temos que dirigir devagar, pelo risco de furar um pneu ou quebrar alguma peça”, declarou um condutor, citando questões pontuais: no bairro de Fátima, por exemplo, a obra de reconstrução de muro de arrimo mudou a mão de direção de uma rua, ficando difícil a passagem de ônibus.
 
“A Prefeitura deveria priorizar as condições de tráfego ao longo dos itinerários do transporte coletivo”, ponderou outro motorista, creditando o atraso “na ponta” aos constantes engarrafamentos na área central de Palmeiras.
 
 
 
O outro lado
 
Lucas Aguiar explicou que o Demutran está atento às necessidades do transporte coletivo e sugeriu encontros semanais, "para alinhamento de providências entre as partes envolvidas, a começar pelo aviso, em tempo hábil, de obras e desvios de trajetos. Vamos considerar as sugestões de hoje e adianto que estamos contratando empresa para reestudar os itinerários e melhorar as condições de tráfego”.
 
Os três vereadores concordaram com os informes repassados pelos motoristas e prometeram priorizar o assunto nas ações da Câmara. Emerson sugeriu que a São Jorge passe a denunciar todos os obstáculos no trajeto de seus ônibus. Em nome da empresa, Rafael Andrade anunciou compra de equipamentos de controle de tráfego, pelos quais os condutores informarão em tempo real à São Jorge e ao Demutran sobre qualquer obstáculo nas vias.
 
Zé Roberto criticou a “falta de planejamento viário por parte do Executivo”. Wagner Gomides concordou e reforçou a procedência das reclamações dos motoristas ao falar em 16/5 na Câmara/PN: “Há falta de planejamento também na rotina das obras.”
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