O Programa Nacional de Imunizações/PNI, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, alterou o calendário básico de vacinação a partir deste ano. O objetivo foi definir melhores estratégias de imunização para a população em geral.
Uma das novidades é a universalização da vacinação contra a Hepatite B, que passa a ser ofertada para todos, e não mais para pessoas com até 49 anos. Além dela, outras cinco vacinas apresentaram mudanças, tanto em relação às doses, quanto ao público prioritário: Poliomielite, Pneumocócica 10-valente, Hepatite A, HPV e Meningocócica C-conjugada.
A universalização da imunização contra a Hepatite B se deve ao aumento da expectativa de qualidade de vida dos brasileiros. Os idosos representam parcela crescente da população e, com a frequência de atividade sexual sem proteção, os riscos de contrair doenças sexualmente transmissíveis, como Hepatite B, também aumentaram. Durante a 3ª idade, a doença apresenta características mais graves, daí a vacinação ser de grande importância.
Já a imunização contra a Poliomielite teve sua terceira dose oral (gotinha) – administrada aos seis meses – substituída pela Vacina Subcutânea Inativada Poliomielite (VIP). Os reforços administrados aos 15 meses e 4 anos por meio da vacina oral permanecem.
A vacina Pneumocócia 10-valente passará a ser ofertada em duas doses, e não mais em três. Para isso, foi adotado esquema básico com doses aos 2 e 4 meses e reforço preferencialmente aos 12 meses, podendo ser administrada até os 4 anos de idade. Para crianças de 1 a 4 anos que não foram vacinadas, será administrada dose única.
A imunização contra Hepatite A teve alteração em seu público prioritário, passando dos 12 para 15 meses de idade, a fim de reduzir o número de vacinas injetáveis administradas de uma única vez e o desconforto decorrente disso. Postergar a vacina por três meses, no entanto, não comprometerá a proteção da criança.
A imunização contra o Papiloma Vírus Humana (HPV) passará a ser ofertada em duas doses, e não mais em três. Meninas e mulheres entre 9 e 26 anos que possuam o vírus HIV devem continuar recebendo o esquema de três doses.
A vacina Meningocócica C (conjugada) será administrada em duas doses. A primeira deve ser aplicada aos três meses de vida, a segunda, aos cinco meses, e o reforço, preferencialmente aos 12 meses, e não mais aos 15, podendo ser aplicada até os 4 anos de idade. Para as crianças de 12 meses a 4 anos, não vacinadas, será administrada uma dose única até os quatro anos.
Não houve modificações em relação à aplicação das vacinas BCG, Pentavalente e DTP, Rotavírus, Febre Amarela, Tríplice Viral, Tetra Viral, Dupla Bacteriana do tipo adulto (dT) e Tríplice Bacteriana Acelular do tipo adulto (DTPa).