Na celebração solene de encerramento da Festa da Santíssima Trindade, na Igreja Matriz do bairro Triângulo, a partir das 18h deste domingo (27/5), ocorrerá a cerimônia de envio de missionários, que atuarão, entre 29 e 31/5, em localidades rurais e urbanas. Eles anunciarão a 3ª Romaria das Águas e da Terra da Bacia do Rio Doce, que acontecerá em 3/6, em Ponte Nova.
Outros missionários chegarão a Ponte Nova nesta segunda-feira (28/5), tendo recepção no Centro Pastoral, em Palmeiras, das 8h30 às 9h. Das 9h às 16h, nesse local, haverá grupos de estudo sobre a Cartilha da Romaria. No dia seguinte, esses grupos iniciam a rotina de visitas diurnas e reuniões noturnas, com a meta de estudar e divulgar a Cartilha nas comunidades:
– Área rural: Córrego do Ouro, Lagoa Seca, Massangano, Passa Tempo, Pontal, Santa Helena, Vale Azul e Vau-Açu.
– Área urbana: Central, Copacabana, Dalvo Bemfeito, Fátima, Novo Horizonte, Pacheco, São Pedro, São Geraldo e Vila Alvarenga.
Dia da Romaria
Já a Romaria, programada para 3/6 (domingo), deverá reunir milhares de pessoas de Minas Gerais e do Espírito Santo, principalmente famílias atingidas pelo rompimento da Barragem de Fundão em novembro de 2015, que devastou o ecossistema da Bacia do Rio Doce. O evento continua mantido, a despeito dos reflexos da greve dos caminhoneiros na mobilidade em geral.
Neste domingo (27/5), às 7h, no Campus do IFMG, na parte baixa do Centro Histórico, haverá acolhida das caravanas, com oração e discursos de abertura, às 8h. Em seguida, caminhada até a praça de Palmeiras, onde haverá missa campal, a ser celebrada por dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo emérito e administrador apostólico da Arquidiocese de Mariana. Ao final, almoço de confraternização.
Carta de dom Geraldo
Na carta-convite, divulgada junto com a Cartilha na semana passada, Dom Geraldo ressalta a união da Arquidiocese com as Dioceses da Província Eclesiástica de Mariana, mais as Dioceses de Colatina, São Mateus e Vitória, as três no Espírito Santo. O evento tem parceria com organizações populares, como o Movimento dos Atingidos por Barragens/MAB.
“Queremos reafirmar nosso compromisso com os atingidos/as, em toda a extensão da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, diante do rompimento da Barragem de Fundão. Esse desastre produzido por mãos humanas, de responsabilidade das empresas Samarco, Vale e BHP Billiton, destruiu comunidades, ceifou vidas, desalojou populações inteiras, devastou o meio ambiente, atingiu o rio Doce e chegou ao oceano Atlântico”, enfatiza o religioso.
Dom Geraldo continua: “Passados mais de dois anos, ainda impera o caos. Pouco se fez perto do que se tem a fazer. Esta Romaria denuncia o descaso com a vida e a dignidade do ser humano, o desrespeito aos direitos dos atingidos/as e os graves danos causados ao meio ambiente. Ela também reafirma o compromisso de estar ao lado dos atingidos/as.”
O arcebispo emérito prossegue: “Exigimos o pleno ressarcimento das perdas por parte das populações atingidas, a responsabilização dos culpados e o devido reparo dos danos causados ao meio ambiente.”