Representantes de sindicatos e entidades diversas de Ponte Nova articulam-se para promover, nesta sexta-feira (30/6), manifestação pública em solidariedade à greve nacional convocada, no início do mês, por Centrais Sindicais.
Na reunião preparatória de 23/6, no auditório da Coplacan (foto), havia expectativa de paralisação de algumas categorias. O debate foi orientado por Thiago Alves, representante regional do Movimento de Atingidos por Barragens/MAB, e Nei Zavaski, integrante da Coordenação/MG do Movimento dos sem Serra/MST.
O indicativo de greve atendeu convocação de dez Centrais Sindicais, (CUT, UGT, Força Sindical, CTB, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas, Intersindical, CSB e A Pública- Central do Servidor), “em defesa dos direitos sociais e trabalhistas, contra as reformas trabalhista e previdenciária, contra a terceirização indiscriminada e pelo #Fora Temer”.
Em Ponte Nova, o debate seguiu a cartilha do Plano Popular de Emergência da Frente Brasil Popular, lançado em fins de maio, em São Paulo. O documento reúne 77 reivindicações e engloba os seguintes eixos: democratização do Estado; política de desenvolvimento, emprego e renda; reforma tributária; direitos sociais e trabalhistas; direito à saúde, à educação, à cultura e à moradia; segurança pública; direitos humanos e cidadania; defesa do meio ambiente; e política externa soberana.
Pretende-se “restabelecer a ordem constitucional democrática, defender a soberania nacional, enfrentar a crise econômica, reverter o desmonte do Estado e salvar as conquistas históricas do povo trabalhador”.
Para tanto, atua-se pelo fim de um “governo usurpador, originário do golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff/PT, com eleição direta (ainda em 2017) para presidente e o estabelecimento de governo oriundo das forças políticas e sociais progressistas e democráticas”.
Defende-se ainda convocação de Assembleia Nacional Constituinte, “destinada a ‘refundar’ o Estado de direito e estabelecer reformas estruturais democráticas”. Já o Plano representa “alternativas para enfrentar a crise gestada pela agenda antipatriótica, antipopular, antinacional e autoritária dos golpistas".
Nei Zavaski detalhou as medidas relacionadas no Plano, a serem implementadas ou encaminhadas “por um novo governo escolhido pelo voto popular e para inverter, no mais curto espaço de tempo, os indicadores econômicos, sociais e políticos que resultaram do golpe que completa um ano”, frisou Nei.
Ele e Thiago salientaram a necessidade de ruptura “com o modelo de capitalismo dependente, que tem produzido empobrecimento dos trabalhadores, injustiça social extrema, recessão econômica e concentração de renda, riqueza e propriedade nas mãos de um punhado de barões do capital”,como ressalta o texto-base do Plano.
A Frente trabalha para aprofundar o diálogo e a unidade entre as correntes democráticas, populares e progressistas, fortalecendo e ampliando alianças imprescindíveis para derrotar o bloco conservador que tomou de assalto o comando da República”, como frisou Thiago, diante de cerca de 30 representantes destas entidades:
– Sindicato Único dos Trabalhadores do Ensino/Sind-Ute; Sindicato dos Bancários de Ponte Nova e Região; Sindicato dos Professores de MG; Sindicato dos Eletricitários/MG; Grupo Afro Ganga Zumba; Movimento LGBTI de PN; Pastoral Social da Paróquia São Pedro; e trabalhadores da Superintendência Regional de Ensino.
Compareceram ainda o presidente da Câmara, Leo Moreira/PSB, e o vereador Hermano Luís/PT, integrante da Comissão de Cidadana e Direitos Humanos do Legislativo/PN.