Por volta das 12h30 desta quinta-feira (5/9), taxistas de Ponte Nova concentraram seus veículos diante da sede da Prefeitura. Foram cobrar, do Executivo e do Legislativo, a aprovação imediata do projeto do prefeito Wagner Mol/PSB regulamentando o transporte de passageiros por aplicativo.
Wagner mandou a matéria para a Câmara (leia aqui os principais itens), e na noite de quarta-feira (4/9) motoristas vinculados ao aplicativo Livre promoveram carreata.
À tarde, eles acompanharam reunião da Comissão de Serviços Públicos da Câmara Municipal, onde surgiu proposta de audiência pública, como informou o procurador jurídico da Câmara, Alan Bemfeito, em vídeo divulgado pelo motorista Júnior Gomes.
Motoristas de aplicativo cobram flexibilização de alguns itens do projeto do Executivo, a começar pela proposta de cobrança de taxa por uso da malha viária municipal, como propôs o prefeito Wagner.
Na manifestação de 5/9, o taxista Herberth Gomes do Nascimento disse a este Jornal o seguinte: “O que mais revoltou a gente foi que fizeram uma carreata inclusive com presença de taxistas colegas nossos. O objetivo da carreata foi querer ‘detonar’ prefeito e vereadores, caso não aprovem a regulamentação”.
Herberh continuou: “Viemos para a porta da Prefeitura pedindo providências para já! Que se aprove o projeto de lei com 'urgência urgentíssima'. Em Belo Horizonte [os vereadores] aprovaram de um dia pro outro. O caso é de emergência, urgência! Tem que ser votado com rapidez!” Assista ao vídeo com a entrevista.
Conclusão
Durante a manifestação, acompanhada pela Polícia Militar, Herberth falou ao telefone com a presidente da Câmara, Aninha de Fizica/PSB, que estava na Capital ao lado do prefeito. “Ela vai marcar reunião para amanhã (sexta-feira, 6/9) com todos os taxistas”, disse ele.
Conforme o taxista, "o objetivo é votar o mais rápido possível, para evitar problemas mais para a frente. Achamos que a carreata do pessoal do Livre foi um desaforo, principalmente com carros placa vermelha (táxis) fazendo parte".
Herberth disse que “a nossa classe está mais indignada porque quem aderiu não é dono da placa, paga aluguel pela placa. Seria melhor entregar a placa e dar oportunidade para quem quer trabalhar”, arrematou ele.
Outro taxista, Wilson Carneiro Gama, fez a seguinte consideração perante a nossa Reportagem: “Pagamos os impostos, e eles [os chamados “livres”] não pagam nada. Não pagam impostos. A Prefeitura tem que regularizar e limitar os carros.”
Para Wilson, motoristas de aplicativo deveriam ser proibidos de circular com “letreiro verde” aceso com a palavra “livre”. No entender do taxista, os concorrentes só podem atender [clientes] via aplicativo: "Eles estão abusando, e queremos os nossos direitos."