Mais de 500 assinaturas recolhidas no abaixo-assinado contra as mudanças no sistema de coleta de lixo de Ponte Nova. Este foi o principal saldo do ato público realizado em 3/3, na praça de Palmeiras, pelo Movimento Acorda Ponte Nova.
No abaixo-assinado, protesta-se contra as alterações nos horários e na rota da coleta, implementados em 19/2, e condena-se o projeto do prefeito Wagner Mol/PSB transferindo a coleta de lixo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente/Semam para o Departamento Municipal de Água, Esgoto e Saneamento/Dmaes.
Enfatiza-se ainda o repúdio à instituição de taxa de coleta de lixo (hoje embutida no cálculo anual do Imposto Predial e Territorial Urbano/IPTU). Denunciam-se também supostas demissões arbitrárias e casos de assédio moral contra servidores da Semam.
Após a jornada de debates realizada na Câmara (leia mais aqui) em 21/2, parte dos que compareceram à sede do Legislativo decidiram organizar a manifestação desse sábado (3/3). “Queremos mostrar a voz do povo, que nós temos direito de protestar diante dessa atual Administração mal assessorada”, explicou uma das integrantes do movimento.
A página do Acorda Ponte Nova (ex-Reclama Ponte Nova) no Facebook tem 10.200 seguidores e ganhou reforço de grupo no WhatsApp com 95 membros. Os gestores são sete e frisam em texto-base que “não têm vínculo algum com a Cooperativa dos Recicladores de Ponte Nova, mas que tiveram apoio dos mesmos". Esta entidade assinou, junto com o Movimento, a convocação do ato de 3/3 (sábado).
Durante esse protesto, que durou das 9h às 12h, pelo menos 15 pessoas se sucederam ao microfone, via de regra externando indignação contra a Administração Municipal. Num dos discursos, o professor Gilberto Silva Santana, ex-secretário de Educação de Ponte Nova, informou que em 1°/3 a Promotoria Pública acatou sua denúncia contra a alteração no sistema de coleta de lixo (leia mais aqui).
O despacho da Promotoria de Justiça relata que o MP se dispõe a “avaliar os critérios técnicos e as consequências da alteração da mudança de recolhimento do lixo urbano”. Para Gilberto, o Executivo “deve ter o bom senso” de cancelar a mudança implementada desde 19/2.
“O Executivo deve democraticamente convidar os segmentos da população civil para discutir e construir um novo projeto, que de fato represente as necessidades do cidadão pontenovense”, reiterou Gilberto.
Em sua denúncia ao MP, Gilberto argumenta que, com a novidade, a prestação de serviço da coleta de lixo será reduzida em 50% em vários bairros em detrimento da taxa cobrada para a coleta de lixo, que não sofrerá alteração em seu valor.