Anunciado há duas semanas, o Programa de Integração Regional de Minas Gerais – Modal Aéreo/Pirma deve operar em meados de agosto, atendendo inclusive Ponte Nova e Viçosa. A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais/Codemig vai subsidiar as passagens, que custarão cerca de R$ 200,00 na rota Ponte Nova/BH/Ponte Nova.
A Codemig, todavia, comprou 300 horas de voo, que serão vendidas a usuários por meio de vouchers. “Se não houver demanda para alguma rota, ela poderá ser cancelada ou remanejada”, disse, na Imprensa de BH, a diretora de Fomento à Indústria Criativa da Codemig, Fernanda Machado.
Conforme notícia estadual, a partir de 17/8, começam voos fretados para 12 cidades, saindo e chegando no Aeroporto da Pampulha (no caso de Ponte Nova, com 24 minutos de viagem). Serão 60 voos semanais, com custo máximo de R$ 870 mil/mês.
Fernanda explicou que cada hora de voo custa R$ 2.900. São aviões modelo Cessna Grand Caravan 208 B, com capacidade para nove passageiros. Se todos os voos fossem lotados, a receita seria de R$ 870 mil.
Mas, como não há certeza de que todas as passagens serão sempre vendidas, a Codemig garantirá a prestação dos serviços, pagando pelo menos o custo fixo da hora (R$ 1.595), que dará R$ 478,5 mil/mês. A empresa que operará os voos é a Two Flex, que venceu licitação.
Para o coordenador dos Cursos de Economia e de Logística da Newton Paiva, Leonardo Bastos Ávila, a iniciativa é acertada e, quando estiver consolidada, tende a atrair a atenção das companhias que fazem voos comerciais. “É mais barato investir no modal aéreo do que no rodoviário, por exemplo.
Segundo a Codemig, as 12 cidades foram escolhidas a partir de pesquisas de demanda com a população e das condições dos aeroportos. “É inteligente, porque não há necessidade de fazer novos investimentos, pois os terminais já estão prontos”, observa Ávila.
Segundo Fernanda, o transporte aéreo de cargas entrará numa segunda fase do programa. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas, Fábio Cherem, a integração aérea dos polos regionais pode gerar oportunidades e renda longe dos grandes centros.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) destaca, via Assessoria de Imprensa, que toda iniciativa para aquecer as atividades no Aeroporto da Pampulha é bem-vinda. O terminal, que tem capacidade para receber 2,2 milhões de passageiros/ano, tem recebido menos da metade.