A categoria dos bancários decidiu, em assembleia nacional – inclusive em Ponte Nova -, na noite de 1º/9 (quinta-feira), entrar em greve nacional por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (8/9).
As principais reivindicações são reajuste salarial de 14,78%, dos quais 5% de aumento e 9,31% de reposição da inflação, reposição das perdas nos vales-alimentação e refeição e na participação nos lucros e resultados (PLR), piso salarial de R$ 3,9 mil, ampliação das contratações, proteção aos empregos e melhoria geral das condições de trabalho.
A Federação Nacional dos Bancos ofereceu aos bancários reajuste de 6,5% no salário e nos auxílios refeição, alimentação e creche, mais R$ 3 mil de abono, mas não houve acordo, e a proposta foi rejeitada pela categoria. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a proposta patronal representa perda real de quase 3%.
Para a noite desta segunda-feira (5/9), antes da deflagração da greve geral a partir de 6/9 nas capitais, a categoria realiza nova assembleia para verificar se os patrões farão contraproposta. Em nota de 2/9, a Fenaban alega que a proposta patronal representa ganho superior à inflação na remuneração do ano da grande maioria dos funcionários do sistema bancário.
"Somados o abono e o reajuste, a proposta representa um aumento, na remuneração, de 15% para os empregados com salário de R$ 2,7 mil, por exemplo. Para quem ganha R$ 4 mil, o aumento de remuneração será de 12,3%, e, para salários de R$ 5 mil, equivale a 11,1%", alega a entidade, argumentando que o setor "continua sendo o empregador de maior qualidade no mercado de trabalho, pelas condições de trabalho, oportunidades de carreira e remuneração, acima da média de outras categorias".