Através do Setor de Posturas, a Secretaria Municipal de Obras/Semob apurou em pesquisa os índices de reclamações da população: o maior índice (30%) corresponde às calçadas irregulares. Com isto, elaborou-se o Projeto “Calçada Amiga”, com ênfase na acessibilidade e padronização das calçadas, principalmente dos novos loteamentos.
Haverá estudo de viabilidade para implantar o alargamento de calçadas, via pintura e sinalização nos espaços já ocupados. As providências atendem premissas do Plano de Mobilidade Urbana.
Os proprietários serão notificados para adequar suas calçadas à padronização (por meio de lei/decreto), e, com adesão dos Conselhos Municipais do Idoso e do Deficiente, planeja-se a Semana do Caminhar em Ponte Nova/2020.
Ainda em 2019, será efetivado projeto-piloto no entorno da Escola Municipal Dr. José Mariano/Palmeiras (com licitação já agendada), adaptado com piso podotátil e rampa de acessibilidade.
Também como projeto-piloto planeja-se, até 2020, na rua Carangola/Santo Antônio, alargamento da calçada, tendo, no lado oposto, pista de caminhada. Esta rua terá mão única de tráfego (sentido Rasa-Santo Antônio), com faixa de estacionamento num dos lados.
Dicas do Manual da 'Calçada Amiga'
1 – O que pode ser percebido no chão com a bengala longa não deve ser sinalizado com piso tátil nenhum.
2 – Calçadas estreitas com menos de 3 metros de largura devem ser rebaixadas por inteiro nas travessias, com rampas de inclinação <5%, conforme tabela.
3 – Como o cego anda perto das edificações, o passeio ao lado da fachada deve ficar livre, sem obstáculos. Objetos, como patinetes, bicicletas, placas, carrinhos e sacos de lixo devem ir para junto do meio-fio.
4 – Calçadas com 3m de largura ou mais devem ter rampa de travessia de inclinação <8,33% e espaço plano de pelo menos 1,20m para caminhar.
5 – A travessia deve ser sinalizada com piso direcional saindo do muro em direção à faixa de pedestres e piso-alerta antes da pista. Deve ser deixado espaço na rampa sem piso-alerta para pessoas em cadeira de roda e com carrinho de bebê.
6 – Contentores de lixo devem estar dentro do lote ou junto ao meio-fio. Se o espaço para as lixeiras for aberto, deve ser instalado piso direcional para dentro da edificação.
7 – Se não houver muro para o cego tocar com a bengala, deve ser instalado piso direcional para dentro do lote. Exemplo: entrada de garagem, galeria, prédio recuado.
8 – Somente se a terra estiver no mesmo nível da calçada, a grama pode ser orientação para o cego com bengala longa. Caso a grama esteja mais baixa, deve ser feita uma mureta de no mínimo 15cm de altura para evitar tropeços e quedas.
9 – Portões fechados são percebidos pelo cego com bengala longa. Caso os portões fiquem muito tempo abertos, como em escolas ou grandes condomínios, deve ser instalado piso direcional para dentro da entrada.
10 – Quando as construções vizinhas não estiverem alinhadas, deve ser instalado piso direcional ligando uma fachada à outra para o cego caminhar mais facilmente.
11 – O piso da calçada deve ser:
– Regular, firme e estável (bem assentado).
– Antiderrapante (seco ou molhado).
– Sem padrões de desenho texturizado.
– Nivelado com o meio-fio existente.
– Confortável para cadeira de rodas, carrinho de bebê, mala de viagem, andadores etc.
– Se for de ladrilho, usar menor junta possível (junta seca).
Piso tátil
* Obrigatoriamente preto (escuro para orientar pessoas com baixa visão).
* Direcional (guia): serve para guiar onde não houver fachada e orientar o sentido das travessias.
* De alerta (bolinhas): serve para alertar travessia de pedestres, objetos suspensos (orelhão), degraus e rampas.
