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Carlos Bartolomeu com o general Braga Netto: polêmica proposta

 
Matéria atualizada em 21/9/22, às 19h48
 
Três representantes de Ponte Nova participaram em 13/9, no Salão do Automóvel Clube/BH, de Café da Manhã Exclusivo organizado para recepcionar o general Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, candidato a vice na chapa do presidente Jair Bolsonaro/PL que busca a reeleição no pleito deste 2/10.
 
Lá estiveram os empreendedores Carlos Bartolomeu/Bartofil, Ricardo Tavares Ribeiro e Elson Barros Gomes/cônsul da Índia no Brasil (Ricardo e Elson residem em Belo Horizonte).
 
A agenda foi organizada pela Confraria Olavo de Carvalho, grupo formado por seguidores do guru da direita conservadora, que morreu em 2021.
 
Carlos discursou e fez fotos ao lado de Braga Netto e do secretário de Assuntos Estratégicos do Governo Bolsonaro, almirante Flávio Rocha. "Estivemos com o nosso futuro vice-presidente. Braga fez uma palestra maravilhosa sobre a condição do Brasil", declarou o empresário em vídeo (veja abaixo).
 
No discurso de 13/9, Carlos cobrou ação do empresariado: "Temos que sair daqui com uma mudança de proposta. Você é dono da sua empresa, você é dono do seu negócio, você vai agir e tirar o pessoal de esquerda que faz política dentro de sua empresa. Não vamos perseguir ninguém, mas ter posição firme contra quem quer minar a nossa empresa. Já tive lá presidente de PSOL fazendo mal para funcionários contra a empresa."
 
"Nossa responsabilidade vai muito além de você dar e pagar salários. Você tem que mostrar sua posição. Um grande abraço e vamos em frente para fazer um país melhor para nossos filhos e netos", declarou Carlos Bartolomeu.
 
 
As declarações repercutiram na mídia a partir da tarde dessa quinta-feira (15/9), quando o Portal UOL divulgou texto de seu colunista Chico Alves. Este questionou a presença do almirante em ato eleitoral, já que ele integra o Governo, e não a campanha de Bolsonaro.
 
O comunicador citou um  procurador do Ministério Público Eleitoral, ouvido sob anonimato. Para esta fonte, "é possível enquadrar a declaração de Carlos no artigo 301 do Código Eleitoral, que classifica como crime "usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou partido, ainda que os fins visados não sejam obtidos".
 
Para o advogado Alberto Rollo, também ouvido por Chico Alves, não há conduta criminosa, apesar de considerar "abominável" a atitude. "Não vejo crime ao se falar em tese. Se alguém for demitido por esta razão, concretamente, dai se pode falar em indenização sem justa causa ou algum crime de discriminação", explicou Alberto ao colunista do UOL.
 
Esta FOLHA procurou Carlos em 16/9 e ele disse: "No momento, nada tenho a declarar."
 
Nota do PSOL
 
Em 17/9, a Direção Estadual do PSOL divulgou nota considerando “grave e inadmissível” a declaração de Carlos, o qual “pode ser enquadrado num grave crime contra a liberdade do voto e de manifestação política”, o que levou a assessoria jurídica do partido a acompanhar o caso. Solidarizando-se com os trabalhadores perseguidos, o PSOL afirma: “Bartolomeu e os demais reacionários devem ser responsabilizados pelo seu crime.” 
 
Ainda conforme a nota, “Carlos defende, coage e incita a perseguição política a trabalhadores. Não é à toa que ele, defensor público do Governo Bolsonaro, tem a ‘prática vigilante’, bastante comum nos ‘anos de chumbo’, quando as empresas foram colaborativas com o aparato repressivo do Estado.”
 
Nota da Bartofil Distribuidora 
 
"Com a proximidade das eleições, a Bartofil Distribuidora S.A., empresa que há 76 anos vem contribuindo para o desenvolvimento do Brasil, reafirma seu respeito pela liberdade de escolha política de seus funcionários e parceiros, bem como seu compromisso com a democracia. 
 
Ao longo de sua trajetória, a empresa sempre pautou sua relação com os trabalhadores e parceiros em princípios como respeito, integridade, simplicidade e espírito de cooperação, os quais garantirão que a Bartofil continue gerando bons valores para toda a sociedade brasileira."
 

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