Esta FOLHA recebeu reclamações recentes sobre o perigo de queda de reboco e vidro do casarão da rua Cantídio Drumond, 21 – Centro Histórico. O imóvel é tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal e, na gestão do prefeito Joãozinho Carvalho/PTB (2009/2012), recebeu reforma parcial para abrigar a Secretaria Municipal de Educação.
Morador da citada rua, o topógrafo Antônio Carlos de Miranda (Lila) destacou o perigo ao dar a sua opinião: "Como todos que moram no Centro, já vivenciamos o perigo. Uma vez caiu um pedaço de vidro da janela do 2º pavimento e quase acertou um transeunte na calçada."
Ele salienta que é evidente o precário estado das paredes frontais, bem como das portas e janelas: "Está chegando o período chuvoso e achamos ainda mais perigoso deixar como está. Deveria ter um alerta para as pessoas."
Conforme o topógrafo, a Administração Municipal precisa localizar os proprietários [seriam herdeiros da família do saudoso prefeito Cantídio Drumond (1925/1927 e 1928/1932). "Daqui a algum tempo poderemos ter um sinistro na forma de desmoronamento", arrisca ele, que acha "um absurdo a cidade assistir à deterioração de seu patrimônio".
Na tarde desta quinta-feira (31/8), Cícero Gomides/coordenador da Defesa Civil disse a esta FOLHA que, junto com fiscais do Setor de Posturas, providenciará vistoria no imóvel: "Faremos um relatório e poderemos demarcar a interdição da calçada em frente.”
A chefe do Departamento de Fiscalização e Posturas, Vanuza Silva Sousa, disse que há algum tempo esteve com Cícero nesse endereço e há registro do cenário encontrado num documento (a ser enviado para esta FOLHA na próxima semana). Ela adiantou que deve acompanhar Gomides na próxima vistoria.
Esta FOLHA apurou que o casarão – bem diante da nossa Redação – integra a região tombada no Núcleo Histórico de Ponte Nova, detalhada em ato de 2016 do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural e Natural e relatada no Decreto de Tombamento n° 10.408/2016, o qual estabeleceu os limites da Zona de Proteção Patrimonial do Centro Histórico.