No último sábado, 5/3, na sede da CVT/Uaitec-UAB, em PN, houve solenidade de entrega de certificado para 60 alunos do Curso de Especialização UNIAFRO – Política de Promoção da Igualdade Racial na Escola, curso ofertado pela Universidade Federal de Ouro Preto/Ufop via Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas/Neabi, em parceria com a Prefeitura/PN e a Rede CVT/Uaitec-UAB. Entre os presentes, alunos docentes, tutores, o prefeito Guto Malta/PT, a secretária municipal de Educação, Vanice Lourenço, a coordenadora geral do Curso, Kassandra da Silva Muniz, a tutora do Polo Ponte Nova, Adriana de Medeiros, o coordenador da Rede CVT/Uaitec-UAB, Frances Lopes, o coordenador do Neabi, Adílson Pereira dos Santos, e Silvana Vanessa Peixoto, assessora de Educação à Distância do Neabi.
Com o objetivo de incluir História e Cultura Afro-Brasileira no ensino escolar brasileiro e capacitar educadores para abordagens e propagação de temáticas sobre políticas públicas com fins de enfrentamento do racismo, conforme Lei Federal nº 10.639/2003, o curso, com duração de um ano, foi oferecido à distância usando recursos de plataformas visuais e encontros presenciais.
Kassandra falou sobre a importância do mesmo para enriquecer a formação acadêmica: “A maioria de nós que passa pelas universidades não tem a temática da africanidade no currículo. E a necessidade dessa formação qualificada se mostra urgente, uma vez que as escolas são comprovadamente locais de reprodução de práticas racistas e discriminatórias.”
Durante o evento, Vanice lembrou projeto-piloto na EM Nossa Senhora de Fátima, efetuado em 2015, onde houve inclusão da temática da cultura afro-brasileira na grade do 1º ao 5º anos. “O sucesso da iniciativa foi tão grande que, neste ano, propagamos para todas as escolas da rede municipal. Também é motivo de alegria mais um projeto-piloto, desta vez na Educação Infantil, também na EM Nossa Senhora de Fátima”, falou, como divulgado pela Prefeitura. Ainda segundo o informe, a secretária disse sobre a necessidade de “avançar nas discussões de combate ao racismo, ao preconceito e à injúria racial e, mais que isso, valorizar a cultura negra dentro das escolas”.
O prefeito Guto manifestou-se relatando a necessidade de discussões da temática: “Precisamos fazer com que esse processo revolucionário realmente aconteça, num verdadeiro pacto de cidadania. Se a escola tem papel fundamental na manutenção das estruturas de preconceito e discriminação, temos que tratar da inclusão na prática diária e vivenciada.”