Na manhã dessa segunda-feira (4/10), nossa Reportagem percorreu a rua Nair Augusta Pires, na Vila Oliveira, para confirmar as várias reclamações que se sucederam desde a manhã de sábado (2/10), em decorrência de temporal iniciado na noite de sexta.
Todos os ouvidos por este Jornal reclamam da péssima condição daquela via, pois o mau tempo piorou a situação provocada por extensa – e demorada – obra da rede de drenagem pluvial, iniciada ainda em junho.
Nair Auxiliadora Pires Miranda foi direta: “[com a lama] Carro não sobe até o final da rua. Meu filho precisa deixar o dele aqui no início (veja no vídeo, a dificuldade de realizar o trajeto de carro). Sem a lama, é uma poeira sem fim, com sofrimento para quem tem bronquite. Estamos todos com IPTU em dia.”
Antônio Bailon continuou: “A gente entra em contato com a Prefeitura e não tem retorno. Uma obra que duraria dois meses já está completando quatro e continua longe de terminar. Os encarregados afirmam que precisam refazer trechos por eles esquecidos. Nunca vi fiscais por aqui, nem secretários.”
Jurandir Maciel se diz decepcionado e mais prejudicado ainda depois da chuva do fim de semana: “Ficou intransitável a rua, que já estava ruim, e a sujeira vem para dentro de casa. Já tentamos de tudo para que eles [da Prefeitura] olhem a nossa situação.”
A coleta de lixo não ocorreu diante da quantidade de lama acumulada nas chuvas recentes. "Desde quinta [30/9], o caminhão do lixo não passa", reclamou uma moradora que prefere não se identificar. Por sua vez, assinala Dodora Costa, também moradora da rua: "Há outros problemas, como o piso irregular na pista de caminhada e o afundamento do asfalto vizinho da praça."
Dodora informou que em 29/9, durante o tríduo de louvor à Padroeira, Santa Terezinha, relacionaram-se, na Capela do bairro, os problemas acima citados e formou-se comissão para tentar, em curto prazo, audiência com o prefeito Wagner Mol/PSB.
Segundo ela, houve convite para que, naquela noite, comparecesse representante da Administração Municipal. Sem o interlocutor, a saída foi formar a comissão e apelar para o atendimento imediato das reivindicações.
O outo lado
Para esta FOLHA, o secretário de Obras, Luiz Borges, informou que a obra é essencial para acabar com as seguidas inundações pelas enxurradas que descem do bairro Bom Pastor em cada temporal há vários anos.
Ele disse que ouviu os moradores também nesta segunda-feira e pretende intervir no local, nesta terça (5/10) ou na quarta, para retirar o excesso de terra, compactar o trecho onde se instalou a tubulação da drenagem e em seguida asfaltá-lo.
Segundo o secretário, a obra demorou por conta de contratempos graves: ao abrir as valas, o pessoal deparou com muita infiltração de água de mina. Além disso, as antigas redes de esgoto e água precisaram de longos reparos, com as escavações sendo prejudicadas por quedas de barrancos.
Por fim, continua Luiz, começaram as chuvas com suas enxurradas para atrapalhar o serviço: “Vamos priorizar este serviço no bairro e deixaremos para o final a cobertura dos bueiros.”