Após o atentado à bala ocorrido na praça de Palmeiras na noite de domingo passado (8/10), novos questionamentos chegaram à Polícia Militar sobre o trabalho de policiamento no local.
A esta FOLHA, o comandante do 1º Pelotão da PM, tenente Vítor Rocha (foto), informou que há policiamento diuturno na praça, abordando infratores, inclusive com prisões e apreensão de armas. Ele enfatiza que a cidade vivencia “redução de delitos de roubo e homicídio”.
O militar continua: “Nós, militares, somos os que mais ficamos consternados com ocorrências como a do fim de semana. É preciso, porém, compreender que a violência é fruto de um sistema político-social em crise, e por isso militares em cada esquina não são a única solução válida.”
Conforme publicado em nossa edição impressa dessa sexta-feira (13/10), Mateus de Bortolo Prata, 25 anos, do bairro Rosário, recebeu tiro na nádega esquerda às 20h50 daquele domingo, numa das laterais da praça de Palmeiras, onde estava encostado em sua moto Honda Falcon.
O atirador era o carona de outra moto (uma Honda CG 150 de cor preta), cujo condutor acelerou sem permitir sua identificação. Populares informaram à PM que o carona desembarcou e efetuou três tiros acertando Mateus e a moto. Quando este rapaz correu, mesmo ferido, o atirador ainda teria acionado de novo o gatilho, mas a arma teria falhado.
Houve pânico na praça, pois os tiros ocorreram ao lado do local onde ficam os brinquedos usados por crianças. Quando a primeira equipe da PM chegou ao local, deparou com marcas de sangue (e perfuração à bala) na moto de Mateus. A vítima já havia sido levada por populares para o Hospital Arnaldo Gavazza/HAG, onde foi medicada e liberada ainda no fim daquela noite. Mobilizaram-se viaturas para – em diligências infrutíferas – tentar a localização dos suspeitos.
Apreensão de arma
A Polícia Militar prendeu, às 20h30 de 7/10, na praça de Palmeiras, Marcos Nonato Luiz, 19, do bairro São Pedro, portando garrucha calibre 32. O rapaz foi avistado pelos soldados Edimar e Evaldo, do Grupo Especializado em Prevenção Motorizada Ostensiva Rápido/Gepmor, ao localizarem suposto grupo de adolescentes “em atitude suspeita”.
Os PMs anunciaram busca em cinco rapazes. Um deles (Marcos), porém, “virou-se de costas e colocou as mãos na cintura. Só com insistência nossa ele tirou as mãos da cintura e as colocou sobre a cabeça”, informou o relato dos militares.
Na cintura de Marcos havia, conforme a PM, garrucha calibre 32. Já no bolso traseiro da bermuda dele, localizaram-se a quantia de R$ 120,00 e bucha de maconha.
Após o registro da ocorrência, Marcos foi conduzido à Delegacia/PN, sendo autuado e recolhido à Penitenciária, mas obtendo depois liberdade provisória por determinação judicial.
A repercussão
Na reunião de 9/10, na Câmara Municipal, José Osório/PT do B cobrou melhoria da iluminação, segundo ele, “mais prioritária do que a troca de bancos [fazendo referência à instalação de 21 bancos desde a semana passada], pois as pessoas perderam a confiança em ficar ali”. Em resposta a esta FOLHA, a Prefeitura informou em 10/10 que o Executivo também possui esta preocupação e, além da revitalização da iluminação, providencia-se a reinstalação da fonte luminosa.
Carlos Montanha/PMDB defendeu policiamento mais ostensivo na praça e citou ocorrência de brigas e uso de drogas, tendo como protagonistas “vagabundos que devem ser presos e punidos: que eles resolvam suas rivalidades de gangues no raio que os parta”.