Fernanda Castro
Coach e Assessora Executiva do Crê&Ser Instituto Coach, Treinamento e Assessoria
Acredito que meu perfil empreendedor é nato e tem sido aprimorado ao longo das experiências. Desde as minhas brincadeiras de criança, eu brincava criando o meu próprio negócio. Recebi também muita influência dos meus pais, que desde muito cedo me ensinaram a vender. Sou filha de comerciantes e um dos mais importantes ensinamentos que aprendi com eles é que “dinheiro se faz”.
Meus pais não tiveram grandes empreendimentos, mas sempre foram responsáveis pelos seus próprios resultados e criaram três filhos, com êxito, sem depender de uma estabilidade ou emprego. Lembro muito bem de meu pai, nos finais de domingos, somar o que tinha que pagar naquela semana e comentar: “Tenho que pagar ‘tanto’ nesta semana!” E eu perguntava: “Como vai fazer para pagar?” Ele me dizia: “Vou sair para vender e vou fazer este dinheiro.”
Minha mãe sempre agradecia o recurso que recebia do seu trabalho, colocava metas específicas para cada objetivo dela e agia para alcançar. Eu me surpreendo até hoje com os resultados dela.
De fato, eles embutiram em mim uma crença muito valiosa, pois, mesmo tendo trabalhado como celetista em importantes instituições, eu não esperava me pedirem para fazer, sempre atuei identificando necessidades e buscando criar soluções para esta demanda. O resultado dependia de mim. Então, fui-me aperfeiçoando e identificando oportunidades.
Nestes 35 anos de vida, além dos empreendimentos informais, dos 12 anos como “empreendedora celetista” e meu empreendimento familiar, sendo casada e mãe de dois filhos, estou no meu segundo negócio próprio.
Neste período, pude sentir na pele o que é ser “Mulher empreendedora”. Não vou falar aqui dos desafios como uma dificuldade, pois isso seria falar e pensar negativamente e ainda colocar culpa no outro em relação aos meus resultados.
O que posso dizer é que empreender é desafiador, pois exige técnica, dedicação, excelente comunicação e muita resiliência, independentemente do seu gênero. Entretanto, empreender com aquilo que você se identifica, esta jornada fica mais leve e você consegue ser feliz mesmo diante das adversidades.
E empreender, sendo mulher, ainda mãe e esposa, é se colocar num patamar de alta performance a todo o momento, porque as exigências dos nossos clientes não será menor, sejam estes a nossa família, os nossos filhos, os nossos colegas de trabalho e os clientes que vão comprar nossos produtos/serviços, simplesmente porque você é mulher e decidiu ser mãe, esposa e empreendedora. Cada um com sua demanda quer que você entregue com qualidade aquilo que se dispôs a fazer.
Seria eu ingênua dizer que não há uma desigualdade: ela existe mesmo que inconsciente, porque a sociedade opera nesse padrão e pude viver situações assim. A diferença está no seu posicionamento, você não precisa se vitimar para resolver estas situações e sim lidar com sabedoria e maturidade. Agindo assim, o respeito acontece naturalmente. Mas, para isso, você necessita olhar para si, compreender como você se comporta, quais são seus talentos e suas limitações e buscar continuamente auxílio para desenvolver aquilo que ainda não está bom.
Ao longo desses anos, eu tenho sido uma mulher empreendedora que não me intimidei em buscar auxílio psicológico e de profissionais que me ajudaram a elevar meu potencial. Tenho tido muito êxito naquilo que faço, mas também cometo erros, com os quais aprendo.
Hoje posso afirmar com tranquilidade que reconhecer as minhas limitações e agir para desenvolver minhas capacidades e habilidades têm-me tornado uma mulher mais forte, mais preparada para lidar com os desafios do dia a dia com paz, felicidade e um amor vibrante de ser mulher brasileira empreendedora, mãe e esposa.
Parabenizo todas as mulheres que, do seu jeito, estão empreendendo a sua vida, a sua carreira, o seu negócio e fazendo a diferença neste mundo!