O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri considerou em 24/9 que Luccas Ribeiro (Dentinho) foi culpado pelo assassinato, com cinco tiros, de Sílvio Inácio da Silva, num crime ocorrido em 25/5/2019, perto da passarela de pedestres entre os bairros Santa Tereza e Vila Oliveira (leia aqui).
Reconheceu-se, todavia, a prática de crime “sob domínio de violenta emoção resultante de injusta provocação da vítima”. Não houve procedência na acusação de corrupção de menor (um adolescente de 17 anos teria cedido o revólver) e ainda se verificou “afirmação falsa” de testemunhas da acusação, as quais devem ser processadas por falsidade ideológica, como apurou esta FOLHA.
Neste contexto, a juíza Dayse Baltazar, da 1ª Vara Criminal, emitiu a sentença de 4 anos de reclusão, em regime semiaberto (prisão domiciliar em tempos de pandemia da Covid-19), emitindo-se imediata ordem para o Sistema Penal, já que o réu – o qual alegou legítima defesa – aguardou, encarcerado, o julgamento de 24/9.
Dentinho foi defendido pela advogada Viviane Medeiros, a qual não recorrerá da sentença. Pode haver recurso da parte da acusação, a cargo do promotor de Justiça Henrique Andrade.
A história
Sílvio trabalhava como chapa no ponto em frente à Fábrica de Papel, na rua Felisberto Leopoldo/bairro Santa Tereza. Ele foi baleado na presença de sua filha e de sua esposa, Aliandra Dornelas Silva, e morreu quando recebia os primeiros socorros no Hospital Arnaldo Gavazza.
Em setembro/2019, o delegado Wallace Drey Soares informou sobre a conclusão do inquérito da morte, ocorrida supostamente porque a vítima resistia a um grupo que pretendia instalar ponto de venda de droga em barraca de abrigo de chapas (leia aqui).