Falando em 9/11 na Câmara, Leo Moreira/PSB discordou em vários pontos da resposta que a Administração Municipal lhe enviou em função de recentes questionamentos relativos à Rodoviária Nova. De acordo com o ofício municipal, a conta de água do Terminal Rodoviário somou, em outubro/2014, R$ 1.650,87. Em setembro/2015, com aumento do consumo e reajuste de 20% na tarifa – autorizado pelo Conselho Deliberativo do Dmaes -, pagou-se a quantia de R$ 5.865,93 [numa correção de 350%].
Para Leo, “o aumento é muito expressivo e decorre de constantes vazamentos nos banheiros, já denunciados pelos vereadores. Nada justifica um terminal que fica naquela sujeira pagar conta de água neste valor”. Na correspondência municipal, informa-se que os comerciantes estabelecidos na Rodoviária pagam – além do aluguel – taxa mensal de limpeza de R$ 110,00. Para o vereador, este serviço “não é bem executado”.
“Nossa Rodoviária não serve de referência para nenhuma cidade próxima ou até da grande BH”, lamentou ele para reclamar que, com cerca de 10 funcionários sob seu comando, a coordenadora do local [nome não mencionado], teria rendimento igual ao dos servidores, mesmo tendo cargo comissionado. “O salário não é compatível com a responsabilidade que deve ter aquele cargo”, garante o vereador.
A Administração Municipal informou que o custeio da energia elétrica no Terminal entre janeiro e setembro/2015 teve valor médio mensal de R$ 4.051,75. Leo arriscou sua avaliação: “Deve ter algum equívoco ou a conta inclui a despesa de bares e guichês. Onde já se viu uma Rodoviária cheia de lâmpada queimada e 2 aparelhos de TV gastar tanto por mês? Ou então pode ser a estrutura elétrica velha [com perda de energia], e não estão fiscalizando isso.”
Antônio Pracatá/PSD acredita que o consumo de energia dos estabelecimentos comercias seja medido separadamente, mas concorda que o valor “assusta, mesmo após o reajuste da tarifa”. Vale registrar que esta FOLHA recebeu há cerca de um mês denúncia anônima de que as lâmpadas do Terminal ficam acesas durante o dia.
Por outro lado, o vereador comparou o valor da taxa de embarque de cada passageiro (R$ 0,36) com outras rodoviárias e descobriu que em Viçosa, “com rodoviária no Centro da cidade e com menor espaço físico, o valor é R$ 0,40. Em Ubá, com administração a terceirizada, R$ 0,90. Se o serviço prestado ao cidadão melhorar, o nosso preço até pode ser aumentado”, concluiu ele.