Entre quarta e sexta-feira (8 e 10/1), a Secretaria Municipal de Saúde/Semsa promove coleta de materiais que acumulam água em lotes e quintais, visando extinguir locais de reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue e chikungunya.

Segundo nota municipal , a prioridade do bota-fora, das 7h às 17h, será a ida aos bairros com maior incidência de notificações de casos: 8/1 – Triângulo; 9/1 -Triângulo Novo; e 10/1 – Santo Antônio e Raza.
O mutirão decorre do decreto de emergência em saúde expedido pela Prefeitura em 3/1, depois do registro de 202 notificações suspeitas de dengue em quatro semanas, incluindo 42 suspeitas de febre chikungunya.
Segundo Raniely Saraiva, coordenador de Endemias, já havia em 3/1 informe de casos positivos de dengue/12 e chikungunya/4. Ele repassou os dados antes da reunião daquela data, quando o pessoal do Setor de Endemias recebeu a dirigente da Semsa, Kátia Irias, e a chefe do Departamento de Endemias, Dircilene Gazeta.
À luz do decreto de emergência (veja aqui), debateram-se estratégias de combate às arboviroses, prevendo-se inclusive a aplicação – em curto prazo – de inseticida via UBV pesado/fumacê.
Houve reorganização das equipes, que agora são três, com dez agentes cada uma, atuando em conjunto em todos os bairros.
Dados estaduais
O ano de 2024 foi marcado pelo enfrentamento da maior epidemia de dengue da história de Minas Gerais. De janeiro a dezembro, o Estado acumulou 1.374.633 diagnósticos e registrou 1.124 mortes pela doença.
Os dados, divulgados no último boletim epidemiológico de 2024 da Secretaria de Estado de Saúde, representam um aumento exponencial em relação a 2023:
– O número de mortes cresceu seis vezes, enquanto o de diagnósticos quadruplicou. Em 2023, Minas Gerais perdeu 194 vidas para a dengue, com um total de 312.592 diagnósticos. O avanço da doença no Estado registrou, pela primeira vez, o número de diagnósticos ultrapassando a marca de um milhão. Por dia, em 2024, foram notificados 3.766 casos de dengue, com um mineiro morrendo a cada 7 horas e 47 minutos, relata o Governo/MG.
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