Em nota enviada a esta FOLHA, o prefeito Wagner Mol/PSB rebateu críticas de comerciantes revoltados com o fechamento do comércio não essencial de Ponte Nova.
“Cumpri e cumpro rigorosamente o que prometo. Havia rumores de que, se eleito, fecharia o comércio em 16/11, tão logo terminassem as eleições. Considerando que no período eleitoral estávamos em Onda Verde na Microrregião e Amarela na Macrorregião Leste do Sul, não havia a premissa [do fechamento].”
O prefeito continua: “Da mesma forma, não fechei o comércio conforme as especulações. O fato é que, após 22 dias das eleições, houve regresso da Macrorregião para a Onda Vermelha e, após feriado prolongado, houve superlotação nos CTIs dos hospitais de Ponte Nova, chegando a 100% em 8/12.”
Enaltecendo a mobilização para ampliar leitos de CTI nos dois hospitais, o prefeito informa que seu decreto atendeu indicação do Comitê Técnico/Ponte Nova, com suspensão de atividades presenciais nos serviços não essenciais por apenas 4 dias (7 a 10/12). Ele cita ainda encontro com uma comitiva da Acip/CDL, quando se registrou “a necessidade iminente de se evitar um caos por falta de assistência médica aos pacientes”.
O chefe do Executivo revelou que, enquanto se reforçou o kit emergencial para tratamento precoce de pacientes com sintomas gripais, o Município (e os 2 hospitais) tinham em 9/12 pelo menos 12 profissionais médicos – fora técnicos e fisioterapeutas – afastados da linha de frente por contaminação pelo coronavírus, o que reforça a gravidade do quadro da Saúde.
Aguardando o posicionamento do Estado para assinar novo decreto (leia aqui), Wagner admitiu a necessidade de criação de novos protocolos, pelo menos para alguns segmentos com menores riscos de contaminação.
“E assim o faremos para o bem da coletividade. Estes quatro dias de suspensão foram essenciais para tal determinação. Todos precisam cooperar, senão todo o esforço será em vão, e aí, sim, voltaremos à estaca zero no combate ao vírus”, arrematou o chefe do Executivo.