Falando nessa segunda-feira (3/12), na Câmara, Hermano Santos/PT rechaçou comentários feitos em redes sociais – e repercutidos nesta FOLHA – criticando os vereadores pela aprovação de projeto que oficializa a reserva, para os negros, de 10% de vagas do quadro pessoal da Prefeitura.
“Há pessoas que não entendem da questão da política de cotas. Não entendem da questão de políticas afirmativas, as políticas sociais, e fazem raciocínios sem fundamento”, disse o vereador, considerando que o comentário “tem cunho racial e demonstra ignorância total, pelo desconhecimento do assunto”.
Como este Jornal informou, via Facebook Raniely Saraiva, dirigente local do PSL, afirmou: “As pessoas têm de ser medidas pela sua capacidade, não pela cor da pele, opção sexual etc! Ao invés de dividir os pontenovenses entre brancos e pretos, ricos e pobres, heteros e homos, os vereadores deveriam é legislar e fiscalizar sobre coisas úteis para Ponte Nova.”
No plenário do Legislativo, o vereador petista lançou um desafio: "Quem quiser debater cara a cara pode vir discutir comigo. Nas redes sociais, fica muito fácil polemizar", resumiu ele, solidarizando-se com os demais vereadores que igualmente assinaram o projeto: Antônio Pracatá/PSD, Chico Fanica/Rede, Fiota/Patriota e Sérgio Ferrugem/PSC.
“Quem quiser ser candidato, 2020 taí”, diz Fiota em aparte e enfatizando: “Eles – Raniely e os que o aplaudiram – se escondem atrás de teclas de computador e em grupo de WhatsApp para agredir os vereadores. Digo que quem quiser ser candidato deve fazer campanha, porque 2020 taí!”
Machadinho/Avante frisou que o projeto aprovado atende legislação estadual e federal.
Enquanto a reunião era visualizada via Facebook, internautas comentaram o assunto, na maioria das vezes criticando os vereadores e propondo remuneração de um salário mínimo.