Completou em 7/3 um ano da morte do pontenovense Gabriel Oliveira Maciel, 17 anos, espancado e baleado (recebeu tiro na nuca) em região rural próxima da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Ele estava desaparecido e foi visto saindo de festa de calourada ocorrida em 6/3/2015 num sítio viçosense.
O advogado Fabiano Flório – contratado pela mãe de Gabriel, Sayonara Oliveira Maciel, 53 – protocolou, justamente em 7/3, na Chefia da Polícia Civil/MG, em BH, o seguinte requerimento: que o inquérito seja transferido da Delegacia de Viçosa para o Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa, na Capital.
Fabiano disse, na Imprensa de BH, que formalizou o pedido diante do delegado Wagner Pinto/superintendente de Investigações e Polícia Judiciária da Polícia Civil. Postura similar teve, em data recente, o Ministério Público/Viçosa, ao ser acionado pela família de Gabriel requerendo providências da Corregedoria da PC.
Conforme relato do advogado, “os trabalhos não tiveram a eficiência que se esperava” porque, mesmo sendo obrigação do delegado encarregado da apuração, couberam à defesa estas providências: anexação – no inquérito – de imagens do local (onde acharam o corpo); produção de provas testemunhais; e cobrança de agilidade na busca de “outras evidências”.
Entrevistado na Capital, o delegado Wagner confirma a conversa com o advogado e disse que, com o protocolo do advogado, analisa o caso. “Se eu vislumbrar que realmente há essa demanda, vou mandar uma equipe especializada. Antes, temos que estudar o caso, para verificar se realmente a reclamação tem consistência”, afirmou Wagner.
As reclamações dos familiares chegaram à Capital devido à falta de solução para o crime. Em set/2015, alegando “desgaste” com as entrevistas de familiares de Gabriel, o delegado Felipe Fonseca pediu o seu afastamento do caso. O delegado José Marcelo Loureiro assumiu o inquérito, mas em dez/2015 assumiu a Regional/PN da Polícia Civil, e desde então o caso está com o delegado Guilherme Albuquerque.
De acordo com a Assessoria de Imprensa da Polícia Civil/MG, as manifestações de familiares e do advogado Fabiano geraram abertura de sindicância na Corregedoria, mas não s divulgam detalhes do seu andamento pelo fato de que diversos aspectos do inquérito “estão sob sigilo”.