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Depois da enchente, alerta sobre leptospirose

As fortes chuvas que atingiram Ponte Nova e região nos últimos meses causaram enchentes e alagamentos e também risco de doenças. a mais temida é a leptospirose, provocada pelo contato com urina de rato.

Em 14/2, o médico Milton Irias, chefe do CTI do Hospital de Nossa Senhora das dores/HNSD, informou em vídeo que pacientes e médicos devem estar atentos a sintomas e relatar imediatamente, para que haja como viabilizar tratamento, pois a doença pode levar à morte.

Milton menciona o caso de morador da Vila Oliveira, de 42 anos, cujo óbito em 12/2 decorreu de leptospirose. Na Secretaria Municipal de Saúde/Semsa, esta FOLHA obteve informe de que a causa da morte – creditada à febre hemorrágica – ainda está sob investigação, dependendo de laudo a ser emitido pela Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte.

Milton informou no vídeo sobre alta de um paciente e internação de outros quatro, todos com suspeita da doença, sendo três de Ponte Nova e um de Amparo do Serra. A Semsa apurou que este último paciente teve contato com água de chuva no município serrense, mas é morador do bairro Triângulo, em Ponte Nova.

Ainda da parte da Semsa, há informe de mais quatro casos suspeitos de leptospirose em Abre Campo/um e Urucânia/três. Houve um óbito, em novembro de 2019, de pescador que morava no bairro São Pedro e frequentava as margens do rio Piranga.

A investigação é necessária, segundo relado da Secretaria, porque os sintomas são parecidos, por exemplo, com os da febre maculosa (causada pelo carrapato de capivara) e os da dengue (cuja origem está na picada do mosquito Aedes aegypti).

O Ministério da Saúde/MSinforma que a leptospirose é doença infecciosa febril aguda, que resulta da exposição direta ou indireta de urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira. Sua penetração ocorre através da pele com lesões e pele íntegra imersa em água contaminada.

O período de incubação, ou seja, o tempo entre a infecção da doença até o momento que a pessoa leva para manifestar os sintomas pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco. As manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas e subclínicas até quadros graves, associados a manifestações fulminantes. São divididas em duas fases: fase precoce e fase tardia.

A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas, além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados.

 

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