A Câmara Municipal marcou, para quarta-feira próxima (12/9), Jornada de Debates sobre o atendimento a cães de rua e cuidados obrigatórios no Canil terceirizado.
O anúncio foi feito pelo presidente Leo Moreira/PHS, depois da manifestação, às 18h30 dessa segunda-feira (3/9), de cerca de 50 defensores dos animais. Eles se concentraram na sede do Legislativo e caminharam até o prédio da Prefeitura, sendo recebidos pelo prefeito Wagner Mol/PSB.
Diante da Câmara, o grupo exibiu cartazes em defesa de cães e gatos. Eles ocuparam temporariamente o plenário e se declararam contra a continuidade do Canil terceirizado (por R$ 500 mil/ano), com sede na comunidade de Lagoa Seca, sob gestão da Santa Cruz Serviços e Comércio. Veja as declarações de duas ativistas na edição impressa desta quinta-feira (6/9).
Às 19h30, os manifestantes foram recebidos pelo prefeito no saguão do primeiro pavimento da sede municipal. O prefeito orientou os interlocutores a protocolarem suas denúncias na Vigilância Sanitária Municipal. Sobre o Canil, ele admitiu falta de fiscalização mais rigorosa.
Wagner, entretanto, salientou que as visitas dos defensores dos animais à unidade surgem como “conquista de vocês”, pois isto não ocorria no Canil da BR-120. “Não tenho nada a esconder”, disse o prefeito, mencionando fiscalização mensal e emissão de relatórios pela empresa gestora.
Questionado sobre a necessidade de profissionais para atuar no Canil, Wagner explicou que “uma das maiores dificuldades que temos hoje é a contratação de pessoal”.
“Temos duas condenações para nossos prefeitos e, na mais recente, em maio, por causa de contratação sem concurso – há um tópico [na sentença] me proibindo de fazer contratação”, informou o prefeito, citando os preparativos para o concurso com edital a ser publicado em seis meses.
Wagner relacionou os esforços feitos pela Administração, desde o início do processo de contratação da atual empresa gestora, incluindo no processo licitatório todas as reivindicações da hoje extinta ONG Vida Animal.
O prefeito também lembrou que diversas reuniões aconteceram com a secretária de Saúde, Ariadne Salomão, para debater o tema. Ao final, Wagner concordou com a reivindicação dos ativistas para realização de vistorias sem necessidade de pré-agendamento.