O Departamento Municipal de Água, Esgoto e Saneamento/Dmaes iniciou, nesta semana, consulta pública [sem data de encerramento] sobre seu projeto – que tramita na Câmara de Vereadores – de substituição da adutora de água na av. Ernesto Trivellato. Consta no texto da Autarquia: "Esta é uma obra de grande importância para milhares de pessoas dos bairros Triângulo, Triângulo Novo, Rasa, Primavera, Chácara das Flores e Alameda Triângulo Verde."
A consulta visa ouvir a opinião da sociedade e recolher dos interessados contribuições, opiniões e sugestões sobre a proposta de aquisição de tubos para substituição da rede. "Procuramos ainda interagir com os cidadãos, os prestadores de serviços e a sociedade civil organizada, contribuindo assim para melhor análise e discussão da matéria", diz o informe do Dmaes.
Justificativa do investimento de R$ 1,2 milhão: "A rede atual é antiga e urge a substituição da tubulação em sua rede por completo, para que sejam evitados novos sinistros [diversos rompimentos ao longo dos anos], prova de que a rede não está mais tecnicamente adequada. O projeto tem ainda como referência o fato de que estamos respondendo a uma demanda judicial para que se faça reparo de tal rede em caráter de urgência."
O projeto é assinado pelo diretor-geral da Autarquia, Anderson Sodré, e pelo prefeito Wagner Mol/PSB, prevendo-se troca de dois mil metros de tubulação. Os recursos necessários correrão à conta do superávit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício de 2022, não comprometendo os demais programas em andamento", assinala o convite para a população aderir à consulta.
Sem urgência
Ocorre que o projeto tramita no Legislativo desde fins de março e enfrenta alguns entraves. Num deles, a maioria dos vereadores decidiu por 7 x 6, na sessão de 5/6, suprimir o termo de “urgência” do projeto. Assinaram o parecer pela supressão do termo Wagner Gomides/PV e Guto Malta/PT, respectivamente presidente e secretário da Comissão de Finanças, Legislação e Justiça.
Ao lamentar tal decisão, o líder do Governo, Emerson Carvalho/PTB, disse temer pela retirada do projeto da pauta, em prejuízo de serviço “que acabará com os rompimentos dos canos e com a água invadindo de novo as casas”.
Guto Malta/PT negou manobra para impedir a obra: “Deparamos com execução absolutamente afastada do planejamento orçamentário. Além do mais, a Prefeitura mandou dois projetos depois de 30 dias da decisão judicial que a obrigou a editar o projeto.”
Continuou Guto: “Sequer compraram a tubulação e pedimos a convocação de consulta pública. Sem planejamento mínimo, a obra pode ficar demorada como a de outras ruas.” Ele foi seguido por Zé Roberto Júnior/Rede, o qual assinalou: “Não há necessidade de urgência e emergência e faltou requerimento da consulta pública.”