O presidente da Câmara de Ponte Nova, Leo Moreira/PSB, defendeu, ao falar na Palavra Livre de 6/2, no plenário do Legislativo, que o Departamento de Água, Esgoto e Saneamento/Dmaes efetue auditoria relacionada ao Programa de Controle e Redução de Perdas e Eficiência Energética.
Executado na Administração 2013/2016 pela Enops Engenharia, o programa consumiu quase R$ 5 milhões e teve o objetivo de reduzir o índice de desperdício de água tratada. “A auditoria é necessária, pois tivemos um investimento muito grande e não consegui ter resposta, da gestão passada da Autarquia, se realmente houve queda na redução da perda”, explicou Leo.
Falando a esta FOLHA nessa sexta-feira (10/2), o diretor-geral da Autarquia, Anderson Nacif Sodré, confirmou o recebimento de ofício do Legislativo e revelou que já se iniciaram-se as providências para contratação de tal auditoria.
Balanço em 2015
Como esta FOLHA divulgou no fim de agosto/2015, ao concluir o contrato com a Enops, a Diretoria do Departamento prestou contas do programa perante o seu Conselho Deliberativo, com explicações do então diretor-geral, Guilherme Tavares, e do gerente regional da Empresa, Alexsandro Barral.
Planejado em 2013 e executado a partir de 2014, o projeto instalou, na área urbana, 24 válvulas, sendo 18 redutoras de pressão e 6 controladoras do nível de reservatórios, mais 19 macromedidores de vazão, além de 38 equipamentos – loggers – responsáveis pela coleta dos dados emitidos por alguns equipamentos citados acima.
Conforme relato da época, o percentual de perda de água tratada, que era de 50%, caiu para 19,5%, especialmente no combate aos vazamentos (200 deles foram corrigidos em pouco mais de um ano).
Outros dados divulgados:
– Antecipou-se o problema da crise hídrica, pois a eficiência do setor possibilitou a diminuição da quantidade da água captada no rio Piranga.
– Houve diminuição de quase 40% no consumo de energia elétrica para cada mil litros de água faturados, o que representa economia de 20% no valor da conta.
– O programa reduziu – de 78 horas para 8 horas – o “tempo de recuperação” do sistema de abastecimento após as paradas na Estação de Tratamento de Água.
– Detectaram-se redes com tubulações bastante antigas, havendo metas de troca, a começar pelo bairro Triângulo.
– Constatou-se que a idade média dos hidrômetros (medidores de consumo em casas e lojas) é de 14 anos em PN, quando o aconselhável é a troca a partir dos 8 anos de uso.