
Vereadores de Ponte Nova aprovaram com duas abstenções, em 6/7, projeto de Suellenn Monteiro/PV prevendo reserva de vagas em contratações de obras e serviços para mulheres vítimas de violência doméstica, pessoas oriundas ou egressas do sistema prisional e travestis ou transexuais.
“Sei da importância do projeto, mas vou me abster”, frisou Juquinha Santiago/Avante. André Pessata/Podemos é evangélico e disse que já existe lei federal beneficiando as mulheres citadas no projeto: “Por causa da minha fé cristã, eu me abstenho devido aos acréscimos dos beneficiários inclusos pela nobre colega.”
Suellenn agradeceu a todos, especialmente a Sérgio Ferrugem/Republicanos, o qual também é evangélico e votou a favor: “Sou grata pela aprovação deste projeto, mas eu não concordo com as abstenções.”
Declarou Suellenn: “Elaborei o projeto com a ajuda da vereadora Juliana Sales/Cidadania, de Nova Lima, atuante também como homossexual. Sou da família LGBTQIA+ e sei dos preconceitos, da luta diária principalmente de travestis e transexuais, que não têm oportunidade de trabalho, assim como das mulheres [nele] relacionadas.”
José Roberto Júnior/Rede concordou e salientou que apenas 6% de travestis e transexuais estão no mercado formal, existindo preconceito na contratação também das mulheres vítimas. Aninha de Fizica/PSB e Wellerson Mayrink também aplaudiram o projeto.
Suellenn lembrou frase de Guto Malta/PT sobre a necessidade de se “dar visibilidade aos invisíveis à luz da sociedade”. Ele disse isso em 29/6 – Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.