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Editorial desta FOLHA ressalta o ‘drama sem fim’

Este é o Editorial “Drama sem fim”, na página 2 da edição de hoje, 11/3, desta FOLHA:

“Depois de quatro meses, bombeiros encontraram ontem, 10/3, o corpo da 18a vítima do rompimento da barragem da Samarco em Mariana. Trata-se de Aílton Martins dos Santos, 55 anos, que prestava serviço à Samarco, que ficou preso na cabine de caminhão levado pela lama. O veículo foi “desenterrado' da lama seca a 800m da barragem que rompeu em 5/11/2015 e liberou rejeitos de minério que, descendo pela Bacia do Rio Doce, chegaram ao Oceano Atlântico.

A notícia atualiza o debate sobre as consequências da tragédia ambiental, debatida em Mariana, entre 4 e 6/3, no 'Seminário das Dioceses da Bacia do Rio Doce'. Autoridades e atingidos – inclusive os de Barra Longa – discutiram sobre os desdobramentos do rompimento da Barragem de Fundão, suas consequências, reparos, compromissos e os ônus e bônus da mineração no Brasil.

O encontro, organizado pela Comissão de Meio Ambiente da Província Eclesiástica de Mariana, contou com participação do arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha. 'Os danos causados são ainda dificilmente calculados, porque são muitas as implicações e as complicações. Causa-nos certa perplexidade o acordo que foi assinado entre o Governo Federal, os Governos de Minas Gerais e do Espírito Santo e as empresas Samarco, Vale e BHP, porque não se vê com clareza quais são efetivamente os compromissos assumidos', afirmou ele em nota divulgada no site arquidiocesano.

Para o assessor da Dimensão Sociopolítica da Arquidiocese, padre Marcelo Santiago, o acordo depõe contra os atingidos e os interesses da população: 'Pensando nessa grande área da Bacia do Rio Doce, pensando em sua revitalização, não houve transparência, não foram ouvidas as comunidades e os atingidos. Nós estranhamos esse ato, que uniu o Estado e as empresas para definição dos passos para recuperação dos espaços ao lado dessa bacia sem ouvir realmente os clamores do povo e dos atingidos.'

Os participantes do Seminário publicaram nota propondo criação de Fórum Permanente da Bacia do Rio Doce com a responsabilidade de viabilizar as diversas propostas. Destaque para estas:

– Manifestações mensais, em cada dia 5 (a tragédia ocorreu em 5/11/2015). – Participar da Romaria das Águas e da Terra, em 5/6, em Resplendor. – Elaborar Carta de Princípios, a ser assinada pelos candidatos/2016 às Prefeituras e Câmaras Municipais. – Aprovação de marco regulatório de garantia dos direitos dos atingidos.”

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