O Sindicato Único dos Trabalhadores do Ensino (Sind-UTE/MG) descartou, na assembleia de 16/6 em BH, a proposta de greve por tempo indeterminado por causa do baixo reajuste salarial. Caravana de Ponte Nova (foto) participou do evento estadual no qual se iniciou a jornada em defesa do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado/Ipsemg, cujos imóveis estão na mira de vendas previstas pelo Governo Romeu Zema/Novo.
O Ipsemg é instituição centenária e a sua manutenção também motiva projeto do Governo/MG. O projeto tramita na Assembleia Legislativa e aumenta muito o valor das mensalidades. Para o Sind-UTE, este aumento anula os efeitos do reajuste salarial de 4,62% aprovado na semana passada.
A assembleia da categoria aprovou amplo calendário de mobilizações por região, para que a categoria esteja de vigília no debate e votação do projeto do reajuste das mensalidades do Ipsemg. O Conselho Estadual do Sind-UTE fez avaliação positiva da jornada de lutas em torno do reajuste salarial, pois o projeto original previa correção de 3,62%.
Na semana passada, o Sindicato respondeu à notificação extrajudicial enviada pelo Governo do Estado, o qual argumentava que as recentes paralisações dos trabalhadores em educação não atendiam aos requisitos e condições mínimas para o exercício regular do direito de greve.
Em resposta à notificação, o Sind-UTE afirmou que as paralisações são resultado da insatisfação frente ao não atendimento das reivindicações urgentes e essenciais para a categoria. E constituem "instrumento legítimo de pressão utilizado quando todas as outras vias de negociação se mostram ineficazes". Para a entidade, a notificação "é tentativa de frustrar o movimento paredista, visando intimidar os trabalhadores".