A novidade neste ano – em que se comemoram os 90 anos de instalação da Paróquia -, na Festa de São Pedro, é o repicar do sino da Igreja Matriz, emudecido há vários anos num embate sobre poluição sonora e suposto desrespeito à Lei do Silêncio.
O pároco, padre Ronaldo Chaves, alegou perante esta FOLHA que ainda busca informe sobre a origem do problema. Entre paroquianos ouvidos por nossa reportagem, nenhum tinha, até o fechamento desta edição, informação concreta sobre o caso.
Morador do bairro, José Alfredo Padovani escreveu artigo em seu Facebook exaltando a volta das badaladas. "Por quem os sinos dobram? Não importa. Cada um sabe de si, e Deus, com absoluta certeza, sabe de todos", analisa ele para sugerir:
"Que reine a paz entre os que querem o sino e os que o sino incomoda. Que prevaleçam o bom senso, a ternura, a paciência, virtudes de um bom cristão, seja ele de qualquer segmento religioso. Que continue o badalar que chamou várias gerações para as celebrações religiosas", continua o escritor.
A Festa de São Pedro será encerrada na Igreja Matriz de Palmeiras neste domingo, 3/7, com missas às 7h, 9h e 11h (esta com o sacramento da crisma). Às 18h, procissão solene, seguida de celebração de encerramento e, ao final, show com Joelma & Cia.
No sábado, 2/7, às 9h, ocorre a Feira Catequética, em frente à EM Dr. José Mariano. Às 19h, concentração na praça de Palmeiras e caminhada até a Igreja Matriz, seguida de missa e, por fim, show de Wesley & Cia.
Amanhã, sexta-feira (1º/7), às 19h, concentração na praça e caminhada até a Matriz, onde haverá missa. Ao final, show de Wesley & Cia. As festividades e celebrações começaram na semana passada.
História religiosa
Na prática, a ocupação de Ponte Nova começou em 27/2/1755, quando o capitão Miguel Antônio obteve a posse da sesmaria da Vargem Alegre, da qual foram desmembradas terras para a sesmaria do padre João do Monte de Medeiros, que, em 6/7/1770, reservou o alto de uma colina para construção de uma capela.
A capela prosperou, mas a transformação em Paróquia de São Sebastião e Almas só ocorreu em 22/8/1836, cujo 1º vigário foi o padre João José de Carvalho. A partir daí, proliferaram capelas vinculadas a PN: Santa Cruz do Escalvado/1823; São Pedro dos Ferros/1840; Santo Antônio do Grama/1845; Caratinga/1848; Amparo do Serra/l852; Jequeri/1855; Rio Casca/l858; Urucânia/1862; Piedade de Ponte Nova/1864; e Raul Soares/1873.
Fundado em 1866, o Município de PN teve sua urbanização vinculada às capelas. A principal delas – a de São Sebastião – deu lugar a uma Igreja Matriz/1857, e esta foi sucedida pela atua1, em 1926.
Algumas capelas pioneiras nas imediações do perímetro urbano: Ponta1/1898; Vau-Açu/1905; e Rosário/1914. Em 22/6/1908, era abençoada a da Escola Nossa Senhora Auxiliadora, e em 26/9/1926 criava-se a Paróquia São Pedro/Palmeiras.
Inauguraram-se ainda as capelas do Hospital de Nossa Senhora das Dores (15/8/1935) e do Colégio Salesiano Dom Helvécio (meados dos anos 1940). Somente em 17/4/1966, foi instalada a Paróquia Santíssima Trindade/Triângulo.