Mantendo a tradição dos anos recentes, esta FOLHA preparou Edição Especial do Dia dos Pais. Para tanto, nossa equipe convidou representantes de empresas parceiras, entre outras personalidades, para enviar “foto com meu pai que me marcou”, assim como descrever acompanhamento da vida dos seus filhos.
Em nosso convite, deixamos livre a escolha do representante para a foto, podendo ser funcionário ou os próprios dirigentes do empreendimento. Assim, colecionamos em nossa edição impressa deste 12 de agosto mensagens de alguns anunciantes e fotos com depoimentos coloquiais e emocionantes.
Festa da Família – A data constitui boa oportunidade para trabalhar a valorização da figura paterna, bem como refletir sobre as configurações familiares dos novos tempos. Tanto é que, nas escolas, comemorações tradicionais como os Dias das Mães e dos Pais deram lugar, em anos recentes, à Festa da Família.
Pai de ‘primeira viagem’: a chegada do Theo
O pontenovense João Victor Sena Fernandes (JowJow), 34 anos, residente no bairro Alto da Boa Vista, é casado há 4 anos com Fernanda Rodrigues de Menezes Fernandes. Ele tornou-se pai em 26/7 e contou a esta FOLHA como sentiu a chegada de seu filho Theo Rodrigues Fernandes.
FOLHA – Você e sua esposa planejaram o filho? Como foi o momento em que você descobriu que seria pai?
JowJow – Planejamos, sim, esse novo ciclo em nossas vidas. Conversamos muito para avaliar se estávamos preparados para assumir esta responsabilidade. Um dia cheguei do trabalho, olhei o rosto dela, notei algo novo e adivinhei. O problema é que ela preparou uma surpresa, uma caixinha com o teste de gravidez e um recado de que eu seria pai e eu acabei estragando tudo (risos).
FOLHA – Você participou da rotina de exames de pré-natal? Considera importante este acompanhamento?
JowJow – Fiz questão de participar. Não consegui estar sempre, porque trabalho em Guaraciaba. Sei que o bebê sente a presença do pai e, para mim, foram momentos de acompanhar o crescimento dele ao longo da gravidez. São momentos muito prazerosos, incluindo o ultrassom para apontar o sexo e o momento mais especial, escutar o coração dele pela primeira vez.
FOLHA – Você se preparou para tarefas de trocar fraldas, dar banho, colocar para dormir?
JowJow – Sempre tive esta facilidade porque eu tomei conta do meu irmão, que é 10 anos mais novo que eu. Lá se vão 24 anos (risos), mas não desaprendi. O primeiro banho, a Fernanda não queria dar, com certo receio, e eu assumi a função: só me ajudaram segurando o Theo. Não precisei dos cursos, até ajudei a curar o umbigo dele!
FOLHA – Como foi o momento do nascimento do Theo?
JowJow – Ele nasceu no Hospital de Nossa Senhora das Dores. Não sou muito forte para as cirurgias, mas precisava ser naquele momento tão especial, e trabalhei a minha cabeça. A enfermeira me chamou, me paramentou e eu fiquei ao lado de Fernanda. Minha mãe, Maria Goretti de Sena Fernandes, também estava ali. Não senti mais medo, só felicidade e vontade de ouvir o primeiro choro, saber que estava tudo bem. Logo ao nascer, ele chorou, e foi lindo, ele de lá e eu chorando de cá (risos). Uma sensação gostosa num momento inesquecível.
FOLHA – Quais são os principais desafios dos primeiros dias?
JowJow – A gente pode planejar tudo, mas nada sai do jeito que se supõe. No nosso dia a dia, vamos nos adaptando ao neném, com a mamadeira de três em três horas, colocar para arrotar, verificar a fraldinha. Escolher o horário mais quente, entre 10h e o meio-dia para dar o banho. Não existe mais uma rotina, horário de dormir, as madrugadas em claro. A gente planeja o minuto seguinte e tem novidade.
FOLHA – Como planeja o seu primeiro Dia dos Pais como papai?
JowJow – A ficha tem que cair ainda (risos). Não planejei nada e é até difícil falar, porque tudo que eu espero agora é para o nosso filho, desejando que ele cresça com paz, saúde, força e felicidade. Digo para minha esposa que nem trabalho mais para mim, é tudo para meu filho.
FOLHA – Tem alguma dica para quem está programando a primeira paternidade?
JowJow – Primeiro, o casal deve estar em sintonia e ter em mente que abrirá mão de muita coisa, principalmente no início, para cuidar do filho. Deve ter certeza quanto a quer estar disponível para o bebê, porque ele precisa de você. Gostaria de registrar a importância de ter uma relação com o bebê ainda na barriga da mãe, conversando com ele. Quando ele nasce, já identifica a sua voz e tudo fica mais fácil.
Prefeito Wagner Mol
Dentre as personalidades municipais que nos enviaram relatos sobre a paternidade, destaque também para o prefeito de Ponte Nova Wagner Mol/PSB, que logo destaca no início de seu depoimento:
"Falar sobre ser Pai é complicado, talvez não tanto quanto explicar o ‘ser Mãe’, mas ainda assim é tarefa complexa.
Na minha concepção, é difícil generalizar porque cada um entende o ‘ser Pai’ na sua estrutura familiar. Prefiro falar de mim. A família sempre teve um valor muito grande nas etapas da minha vida. Tentando resumir e correndo risco de falhar, digo que Pai é presença, como sempre busquei estar, na vida dos meus 3 filhos, hoje adultos, com personalidades diferentes e que, mesmo ‘criados’, precisam sempre estar comigo.
Esta presença pode ser traduzida no acolhimento, na imposição de limites, no exemplo de como fazer e de como não fazer. É uma tarefa difícil porque precisa afagar, mas também deixar espaço que vivenciem os erros para ter autonomia do jeito de pensar e viver.
Não conseguiria me imaginar sem ser pai. Desejo um feliz dia aos que, de alguma forma, desempenham este papel na vida de alguém."