O Programa de Intervenção Pedagógica (PIP) – instrumento que assegurou os bons resultados nos anos iniciais da educação fundamental (1º ao 5º anos) nas escolas estaduais mineiras – deverá ser estendido às escolas das redes municipais de ensino, inclusive à da região de Ponte Nova. A proposta foi apresentada pela secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, durante o 5º Congresso Mineiro de Prefeitos Eleitos, realizado – na semana passada – pela Associação Mineira dos Municípios (AMM).
Consolidado na rede estadual, o objetivo agora é estender essa metodologia de intervenção pedagógica – que coloca o aluno no centro das atenções – às escolas municipais de todo o Estado, com o propósito de criar condições para a evolução de todo o sistema público mineiro, informa a secretária Ana Lúcia.
O governador Antonio Anastasia, acompanhado da secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola
De acordo com a secretária, a extensão do PIP aos municípios faz parte de estratégia de compartilhamento de programas e iniciativas do Governo de Minas, em diversas áreas da gestão pública, destinadas a incentivar e apoiar as Administrações Municipais. Estamos colocando à disposição dos prefeitos eleitos a metodologia para a expansão do PIP. Nós, da Secretaria de Educação, acompanharemos o trabalho, contribuindo para a estruturação das equipes locais, oferecendo suporte e apoio pedagógico e disponibilizando material de apoio, destaca a secretária Ana Lúcia completando: Para enfrentar esse grande desafio, o de levar o PIP a todo o Estado de Minas Gerais, o Governo de Minas irá contar ainda com a parceria da Fundação Brava.
Criado em 2007, utilizando em seu nome o conceito de intervenção pedagógica do educador e filósofo Paulo Freire, o PIP realiza trabalho permanente de visitas e acompanhamento das escolas para orientar o plano pedagógico, propor estratégias de intervenção, apoiar pedagogicamente os professores e alunos e, assim, garantir a qualidade do ensino.
Em decorrência desse trabalho, em seis anos – entre 2006 e 2011 – a qualidade da educação pública oferecida pelas escolas estaduais nos anos iniciais do Ensino Fundamental deu um salto. Os primeiros resultados do Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa), em 2006, revelavam que apenas 48,6% dos alunos do 3º ano do Ciclo da Alfabetização (1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental) da rede estadual de ensino encontravam-se no nível recomendável de leitura. Já em 2011, os resultados aferidos pelo Proalfa revelaram transformação profunda da realidade: 88,9% dos alunos do 3º ano do Ciclo da Alfabetização tinham atingido o nível recomendado de leitura.
Esse resultado é confirmado pelo Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb), ano-base/2011, apurado pelo Ministério da Educação (MEC). Minas Gerais é a unidade da federação que está em 1o lugar (Ideb 6,0) entre as redes estaduais brasileiras, ultrapassando a meta estabelecida para 2011 (5,7).