Nessa segunda-feira (29/1), no auditório do Sindicato Rural de Ponte Nova, equipe da Superintendência Regional de Saúde/SRS recepcionou representantes de nove hospitais da macrorregião. "A meta foi alinhar condutas de atendimento de pacientes com suspeita de febre amarela", como informou Ademar Moreira, diretor da SRS.
A Secretaria Estadual de Saúde/SES enviou as especialistas Érica Oliveira Santos, coordenadora de urgência e Emergência, e Ana Paula Medrado de Barcellos, superintendente de Atenção primária. Com elas, esteve o médico Cacau Maciel, coordenado regional da Central de Regulação de Leitos da SES. Informou-se que, em nossa microrregião, estão catalogados cinco óbitos entre os 20 casos – em leitos de UTI -, dos quais uma parte ainda aguarda resultado de exames laboratoriais para confirmação/ou não da doença.
Da pauta do encontro constou a ampliação da divulgação do fluxograma de atendimento de pacientes, a partir do diagnóstico laboratorial, primordial tanto em casos isolados quanto em surtos, uma vez que é possível realizar o isolamento víral,e detecção do genoma do vírus, do antígeno viral e de antícorpos específicos.
Cacau Maciel falou a esta FOLHA sobre recente portaria da SES autorizando o repasse de recursos financeiros visando à disponibilização de novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva ou Semi-Intensiva e de Clínica Médica para atendimento de casos suspeitos ou confirmados de febre amarela.
Cacau explicou que os hospitais da região estão autorizados a internar, de imediato, todos os casos de suspeita da doença, transferindo, para as unidades hospitalares de Ponte Nova e Viçosa, os pacientes com algum sintoma que possa confirmar a infecção pelo vírus da febre. Até agora, os maiores hospitais da região recebiam principalmente os pacientes que já eram levados para leitos de UTI.
As representantes da SES ainda acenaram com a necessidade de investimento maior em qualificação dos profissionais que atuam diretamente com a população e também ajudam a alcançar resultados positivos no controle das doenças. No caso da febre amarela, por exemplo, no final de 2016, início de 2017, Minas Gerais apresentava aproximadamente 50% de cobertura vacinal na população residente no Estado. Hoje, a cobertura vacinal já está em quase em 83%, sendo que a meta é chegar aos 95%.