
A informação é de Rogério Fraiz, servidor da Secretaria de Desenvolvimento Rural/Sedru, que atua na Coordenação das Feiras Livres. Nossa Reportagem conversou com ele justamente na citada Feira, em 27/5, para saber sobre redução de consumidores e feirantes.

Diz Fraiz: “Hoje são 20 feirantes: antes da pandemia e com a vinda de feirantes de outras cidades, a Feira era grande, variada. Passada a Covid e junto com feirantes ‘de fora’ e parte dos que se afastaram, estamos estudando uma forma de reforçar o projeto.”
Tereza fala
A feirante Tereza de Jesus, que traz sua produção de hortifrútis da localidade de Quebra-Pote, avalia que há “enfraquecimento” das feiras em geral. Ela está na rotina há 31 anos e, por causa da crise, só comparece aos sábados e, segundo ela, vendedores e compradores reclamam da falta de banheiro.

O feirante Jerônimo
Para Jerônimo Alves, feirante há 30 anos aos sábados e domingos, de fato houve queda de frequência de clientes provocada pela pandemia. “Acho que, para trazer mais pessoas, [a Prefeitura] precisa fazer propaganda. Já padronizaram as barracas e isso é bom”, diz ele, na expectativa da reunião mencionada por Fraiz.
Mesmo com a crise, Jerônimo não abre mão de vir, semanalmente, da localidade de Sesmaria. Ele conta que, para “fazer renda”, sobrevive com criação de animais e um comércio na sua comunidade.
Depoimento de Valdirene
Valdirene de Oliveira, moradora do Centro (é vizinha da sede da Caixa Econômica Federal), comercializa há 12 anos seus temperos, doces, alho processado, queijos e requeijão. Ela tem barraca também aos domingos, “para complementar a renda de casa, mesmo com o movimento ruim”.

Elogios de Edson
Edson Carneiro é morador do Triângulo e trabalha como gerente de Negócios no Sicoob/União dos Vales (Agência do Centro Histórico).
Frequentador assíduo da Feira de sábado, ele tem, junto com o hábito das compras, a rotina de comer pastéis. A despeito da crise, diz que todas as feiras são ótimas oportunidades para os pequenos produtores regionais exibirem seus produtos. Deve-se, segundo ele, apostar em criatividade para manter o negócio.
Sobre sugestões, Edson acrescenta: “Um lugar mais apropriado. Aqui é uma via pública. O ideal é que houvesse galpões, como o da Feira de cada domingo, no estilo do Ceasa/Grande BH, com conforto mínimo para quem vende e quem compra.”

