Ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica/PUC-Minas (2007-2022), o pontenovense dom Joaquim Mol Guimarães trabalha neste ano como bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte. Ele tomará posse em 10/5 como bispo coadjutor da Diocese de Santos, nomeado que foi pelo papa Francisco ainda em 24/2.
Nesta semana, a pedido desta FOLHA, dom Joaquim refletiu sobre a morte do papa lembrando que esteve com ele no Vaticano em 2022, ainda na condição de reitor da PUC. A seguir o seu texto:
“O papa Francisco, além de ser uma pessoa extraordinária, personificou um ‘projeto’ de Igreja em curso, todo fundamentado no último Concílio realizado pela Igreja, por determinação de outro homem extraordinário que foi o papa João XXIII, o memorável Concílio Vaticano II.
As reformas que ele implementou e as que ele não teve tempo de terminar necessitam de cristãos e cristãs corajosos no campo da fé em Jesus Cristo, gente sem medo de desbastar a Igreja para que ela seja expressão do Reino de Deus. Isso exige conversão, além de coragem evangélica.
Francisco, disse um analista, conseguiu fazer a faxina de uma catedral com uma escova de dentes. É isso que precisamos fazer para que a Igreja seja o que ela tem que ser e para que ela contribua para uma nova sociedade, porque esta não é suficiente para a ‘inclusão de todos, todas’, como ele dizia.
Não é correto dizer apenas que Francisco foi simples. Além disso, Francisco foi avançado, audacioso, profético, com visão do campo progressista da Igreja e do mundo.”
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