Dirigentes do Grupo de Alcoólicos Anônimos/AA Ponte Nova Feliz informaram à nossa Redação, nesta semana, que, adotando protocolos de segurança contra a Covid-19, já retomaram as reuniões presenciais, a partir das 20h de cada sábado, em sala do subsolo da Prefeitura/Centro Histórico.
A notícia sensibiliza os assistidos, mesmo com limitações de público e regras de distanciamento e uso de máscaras. “Estamos alegres com o retorno dos encontros, inclusive pelo paradoxo de lutarmos contra o alcoolismo e oferecermos, para todos – que devem usar máscaras – higienização à base de álcool em gel”, esclarece um dos dirigentes.
Nesta volta das atividades, não se retomaram, por medida de segurança, as reuniões das noites de cada quinta-feira. Por outro lado, "planejamos uma forma de comemorar, sem aglomeração, neste domingo (27/9), os 45 anos de fundação do Ponte Nova Feliz, que está entre os grupos pioneiros da microrregião".
Durante a pandemia, os encontros aconteciam com auxílio de tecnologia, por ligações, mensagens e “encontros casuais”, identificados por um dos dirigentes como “terapias fora do grupo”.
Atualmente o município pontenovense conta com aproximadamente 1.500 cadastrados desses grupos de AA: Ponte Nova Feliz, Nossa Senhora da Conceição/Rasa, Caminhando para a Felicidade/Fátima, Pai Feliz/Triângulo e Comitê Trabalhando com os Outros/CTO (Santo Antônio).
De início, só o Ponte Nova Feliz retomou os encontros presenciais, com média de 10 pessoas, por medida de segurança. A preocupação na retomada dos encontros semanais tem outra motivação: com o isolamento social, aumentou a compra de bebida alcoólica na ordem de 15% a 20% em supermercados e hipermercados do país, conforme estatísticas do setor.
Como ajudar um dependente do álcool?
Conforme o Centro de Informação sobre Saúde e Álcool/Cisa, família e amigos têm papel muito importante na identificação dos problemas do uso de bebidas alcoólicas do indivíduo e, em especial, podem motivá-lo a iniciar e permanecer em tratamento. O fundamental é fazer uma aproximação afetuosa e amiga, com respeito pela pessoa, sem acusá-la ou culpá-la por seu comportamento. Uma abordagem acusatória leva a pessoa a reforçar suas defesas e negar que esteja enfrentando problemas.
Seguem algumas dicas
– Escolha o momento adequado para conversar, em que a pessoa esteja sóbria, ambos estejam calmos e em local em que haja privacidade.
– Seja objetivo ao dizer que está preocupado com seu consumo e que gostaria de auxiliá-lo a procurar ajuda, fundamentando com exemplos de situações negativas que ocorreram com ele em função do uso do álcool.
– Trabalhe com a motivação para a mudança por meio de relação amiga, mas também firme, procurando ajudá-lo a reconhecer que pode ter desenvolvido uma doença e que as pessoas não esperam que ele vá conseguir parar de beber sozinho, incentivando assim a busca por tratamento.
– Procure demonstrar que, além do lado prazeroso, há o lado prejudicial desse comportamento, fazendo-o pesar os motivos que teria para continuar e os motivos para interromper o uso, com o objetivo de reforçar o desejo de mudar que o dependente em geral tem, mesmo que de forma inconsciente.
– Mantenha relação de troca, dê suporte e informe-se sobre as opções de tratamento.