Os dois hospitais de Ponte Nova (Arnaldo Gavazza/HAG e Nossa Senhora das Dores/HNSD) mantêm articulações para otimizar o atendimento em demandas distintas:
– No caso do HAG, a meta é otimizar a triagem de pacientes nas Unidades de Saúde Básicas para minimizar, no pronto-socorro hospitalar, o serviço ambulatorial.
– Em relação ao HNSD, buscam-se metas de custeio municipal das diárias da Unidade de Terapia Intensiva/UTI Neonatal, no valor de R$ 640,00 cada.
Em 26 e 28/4, o provedor do HNSD, Francisco Rodrigues da Cunha Neto, encontrou-se com os prefeitos petistas de Ponte Nova (Guto Malta) e de Rio Doce (Silvério da Luz).
O Executivo/PN comprometeu-se a custear – com recursos próprios – as diárias de pacientes locais na UTI Neonatal. Guto é vice-presidente da Associação dos Municípios do Vale do Piranga/Amapi e negocia repasse de verbas do Estado, bem como o credenciamento da UTI perante o Ministério da Saúde.
De sua parte, o presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde/Cisamapi, Silvério da Luz, pretende que cada município filiado custeie diárias de pacientes das respectivas cidades, até que haja credenciamento federal.
A mobilização decorre de desdobramentos do depoimento do médico Milton Irias em 14/4, na Câmara Municipal/PN. Conforme ele, sem credenciamento federal para bancar os custos, pode haver fechamento da UTI Neonatal ainda neste semestre.
Nesse 27/4, a superintendente do Hospital Gavazza, Lucimar Fonseca, recebeu representantes da Secretaria Municipal de Saúde/Semsa (Marcela Maffia Gomes/secretária-adjunta e Thiany Oliveira/coordenadora da Atenção Básica) para equacionar o atendimento ambulatorial no Pronto-Socorro/HAG.
“Nossa preocupação é pertinente, pois constatamos que mais de 70% dos que procuram o nosso Hospital poderiam receber atendimento nos Postos de Saúde da Prefeitura”, disse Lucimar à Imprensa.
As representantes da Semsa concordam, e, conforme nota municipal, “é frequente o relato de pacientes que buscaram diretamente o Hospital sem antes passar pelas UBSs (são 13 em Ponte Nova). Com isso, planeja-se campanha para conscientizar a população” com informe direto: situações crônicas ou agudas de “menor gravidade” (febre, dor de cabeça, mal-estar, resfriados, necessidades de exames de rotina etc.) devem ser atendidas – para a devida triagem – nas Unidades de Saúde do Município.
Segundo a nota, “além de médicos, as UBSs têm outros profissionais capacitados para ‘atendimentos primários’. Vale ressaltar que o Município possui mais que o dobro de médicos recomendados pelo Ministério da Saúde para integrar as Equipes de Saúde da Família”.
“Todos os profissionais podem atuar pela decisão quanto ao local onde o paciente será atendido. Muitos dos casos não exigem transferência para hospital, pois são solucionáveis na própria Unidade”, arremata a nota.
Como esta FOLHA já constatou, o problema se agrava nos fins de semana, quando as sedes de UBS estão fechadas. O Executivo/PN vê saída com a conclusão – ainda sem data – da obra da Unidade de Pronto Atendimento/UPA 24 Horas, em andamento e com preparativo de etapas de contratação de pessoal, como declarou, nesta semana, o prefeito Guto.