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Ígor Dias e sua paixão pela música dos anos 80

O editor da coluna  Arte &Cultura, Ademar Figueiredo, entrevistou o músico Ígor Dias.

ADEMAR – Ígor, apresente-se para nossos leitores.

Ígor – Sou uma pessoa apaixonada por minha família, por motocicletas e pela música e só quero pra mim e para os outros somente aquilo de bom que o mundo puder oferecer.

ADEMAR – Como nasceu o seu interesse pela música?

Ígor – Meu interesse surgiu no primeiro Rock in Rio, em 1985. Quando assisti pela TV às apresentações do Queen, James Taylor, Scorpions e Rod Stewart, fiquei simplesmente fascinado. Naquele momento decidi que queria ser igual a eles.

ADEMAR – Você participou do Coral da UFV. Fale um pouco sobre isto. Alguma influência na sua performance profissional?

Ígor – Eu fazia Faculdade de Direito em Viçosa, quando conheci o Coral da Universidade Federal de Viçosa/UFV. Me encantei com uma apresentação a que assisti e como as vozes se somavam criando e dando vida à música. Procurei o maestro Rogério Moreira Campos, que era o regente na época, fiz um teste, fui aprovado e fiz parte do Coral por 2 anos. O Coral da UFV foi um divisor de águas na minha vida como músico, pois lá realmente fui compreender a grandiosidade da música.

ADEMAR – Como as músicas dos anos 80 entraram em seu repertório?

Ígor – O meu interesse pela música surgiu justamente nos anos 80, quando eu começava a entrar na adolescência. As músicas daquela época ficaram associadas a momentos muito marcantes da minha vida. Como eu estava me iniciando na música, eu queria cantar todas aquelas canções e não conseguia. Hoje consigo (rsrsrs), e cada uma delas me leva a um momento marcante da minha adolescência.

ADEMAR – Como nasceu o Projeto Globo de Ouro? Qual a receptividade do público?

Ígor – Eu trabalhei ao longo dos anos com várias bandas de bailes, bandas de rock, mas as músicas dos anos 80 sempre ficavam martelando na minha cabeça. O Projeto Globo de Ouro na realidade era pra ser um show apenas, que eu montei para cantar músicas dos anos 80, só que as pessoas foram pedindo mais um show e mais um e acabou virando realmente um projeto, uma banda, e hoje tem sido meu trabalho principal.

ADEMAR – Seu trabalho foi premiado como “Músico Revelação”, em 2017, e “Prêmio Cultural” pelo Projeto Globo de Ouro, em 2018. Como você avalia estas premiações?

Ígor – A música atual está muito aquém do que foi produzido nos anos 60, 70 e 80. Naquela época, o cantor tinha que cantar mesmo, pois não existiam recursos de correção de voz. Os músicos tinham que ser exímios em seus instrumentos.
Hoje as músicas duram somente até a próxima ser lançada e somem depressa porque não trazem nenhum conteúdo que mereça um lugar na memória das pessoas. Acredito que ganhei esses prêmios por relembrar momentos marcantes das vidas dessas pessoas através de músicas que fizeram história.

ADEMAR – Como você avalia o momento atual do cenário cultural pontenovense?

Ígor – Ponte Nova é uma cidade que culturalmente corre na contramão da mídia nacional. Na cidade, você tem excelentes músicos preocupados em fazer música com conteúdo, e isso é maravilhoso. Aqui existem artistas que não se vendem, ou não se submetem ao que a mídia quer nos forçar a consumir. São profissionais que merecem respeito e admiração por lutarem para que a música não seja somente um “sacolejo glúteo”. Arte tem que ser expressão de sentimento.

ADEMAR – Olhando para trás, como foi 2018 pra você?

Ígor – 2018 foi um ano maravilhoso na minha carreira como músico, pois descobri que não sou apenas eu que sinto falta de canções que valorizem sentimentos. Um desejo egoísta de cantar músicas que eu amava tornou-se um desejo coletivo pela arte de verdade, e saber que eu fui o responsável por despertar
isso nas pessoas não tem preço.
2018 foi um ano de libertação pra mim, pois entendi que existem, sim, pessoas sedentas por boa música e, se você fizer alguma coisa com amor, ela se multiplica.

ADEMAR – Quais seus planos para 2019?

Ígor – Os anos 80 foram gigantes em termos de música, e nós nem começamos a explorar tudo o que podemos. Quero continuar trazendo os clássicos dos anos 80 e quem sabe dos anos 90 também. Tenho também um projeto para shows temáticos de alguns artistas, como Roupa Nova, Fábio Júnior e Tim Maia, entre outros.

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