No início de 2021, observou-se a incidência de besouros metálicos (Euchroma gigantea) perfurando o tronco da paineira situada em praça vizinha da sede da Câmara Municipal. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente/Semam constatou a gravidade da situação e, na semana passada, providenciou o corte dela.
“A árvore estava oca e, além da infestação de besouros metálicos, estava sendo atacada por cupins. Em caso de queda, a paineira poderia atingir o casarão-sede do Legislativo, a rede elétrica ou veículos e pedestres transitando pela av. Antônio Brant Ribeiro”, informou nota da Assessoria da Câmara.
A saúde da árvore foi alvo de avaliação pela Semam ainda em 2015. “Já há algum tempo observavam-se rachaduras no muro de contenção do pátio da Câmara e leve inclinação da árvore, cujas raízes visivelmente comprometiam a estrutura do casarão-sede”, informou a Assessoria do Legislativo.
Continuou a nota: “Num primeiro momento, embora a supressão fosse o mais indicado, optou-se por uma poda parcial – diante da beleza e da imponência da paineira, com mais de 30 metros de altura, base do tronco com cerca de dois metros de diâmetro e aproximadamente 50 anos de idade -, retirando-se parte da copa para diminuir a força de alavancagem durante as ventanias e assim reduzir a possibilidade de queda.”
Na época, continua o relato, a supressão não se consolidou também por falta de equipamentos que possibilitassem o corte sem riscos para os trabalhadores e as instalações do entorno.
Em 2019, militares do Corpo de Bombeiros também avaliaram a árvore e concluíram não ter condições de fazer a supressão por falta de equipamentos adequados.
Ocorre que a paineira é uma árvore espinhenta, sendo impossível que os militares usassem técnica de rapel para cortar de cima para baixo, além de não ser possível derrubá-la cortando diretamente o tronco, dada a proximidade com a sede da Câmara, a rede elétrica e a via pública, explicou o texto do Legislativo.