Os vereadores de Ponte Nova aprovaram em 9/9 indicação de Leo Moreira/sem partido requerendo, do Departamento Municipal de Água, Esgoto e Saneamento/Dmaes, balanço geral do Programa de Controle e Redução de Perdas e Eficiência Energética, implantado na Autarquia entre 2013 e 2015.
“Temos notícias de que o Programa [da gestão do ex-prefeito Guto Malta/PT] teve investimento de R$ 5 milhões para reduzir a pressão de água nas redes, já que as redes eram muito velhas e para atender partes altas da cidade ou imóveis com maior número de pavimentos estava muito grande, ajudando no rompimento e promovendo grande desperdício de água”, disse Leo para acrescentar:
“Acompanhamos a aplicação do projeto e a perda de água nas redes era de 50%, e o projeto prometia reduzir 25%. Hoje a gente circula pela cidade, conversa com os servidores [do Dmaes] e há relatos de que o programa não funciona, que as válvulas estão estragadas e não se faz mais esse controle. Temos que saber se o dinheiro investido está dando retorno ou não.”
Projeto exaltado
Como esta FOLHA divulgou em 2014, o Dmaes informava, em meados daquele ano, sobre economia mensal de 65 milhões de litros de água via controle e redução de perdas, efetivado pela Enops Engenharia, com destaque para a instalação de medidores de vazão. Verificou-se que a Autarquia desperdiçava em média 200 milhões de litros de água/mês, principalmente por conta de vazamentos nas redes.
O objetivo do Programa foi manter o índice de perda de 25% da água tratada, sendo que, em fins de 2013, o percentual era de 52%. “Com a conclusão do projeto, prevista para o início de 2015, espera-se que o Dmaes economize 130 milhões de litros de água por mês”, informou na época a Autarquia.
Em meados de 2014, informou-se a instalação de 43 equipamentos hidráulicos em mais de 15 bairros para otimizar o sistema de distribuição, com o controle adequado da pressão da água nos encanamentos. “Além disso, foram implantados 2.600 metros de novas redes de água em cerca de 10 ruas da cidade”, acrescentava a nota.
O informe ainda se referia à pesquisa de vazamentos invisíveis em 172km de tubulação e nos cerca de 19 mil hidrômetros instalados pela Autarquia, como relatava na época o diretor Guilherme Tavares.
Note-se que em 2015 ele e o prefeito Guto Malta/PT receberam troféu da Categoria Gestão Ambiental do Prêmio Mineiro de Boas Práticas na Gestão Municipal, concedido pela Associação Mineira de Municípios/AMM com aval da União Brasileira para a Qualidade.