A Fundação Renova, entidade vinculada à mineradora Samarco, divulgou nota, nessa quinta-feira (12/1), prevendo para abril o término das ações de contenção e estabilização do sedimento depositado em 12 áreas dos rios Gualaxo do Norte, do Carmo e Doce, nas regiões entre Mariana e Barra Longa.
Essas áreas foram consideradas prioritárias, de acordo com estudos – concluídos em 2016 – de caracterização dos solos no trecho impactado pelo rompimento da Barragem de Fundão, ocorrido em nov/2015, em região rural marianense. “Os trabalhos também incluem o controle dos processos erosivos e a recuperação de calhas e margens. Para os demais pontos dos rios, a previsão de término é dezembro de 2017”, ressalta a nota da Fundação.
Ainda conforme o documento divulgado no site da Renova (com fotos de Leo Drumond), a recuperação integral das margens desses rios deve ser concluída até 2020: “Todos os estudos fazem parte do embasamento científico do processo de recuperação, constituído por uma série de avaliações científicas e sociais, que visam orientar a tomada de decisões relativas à remediação a médio e longo prazos.”
O procedimento faz parte do Plano de Recuperação Ambiental Integrado (PRAI) e é realizado em parceria com empresas especializadas em consultoria ambiental e com supervisão dos órgãos competentes, como acrescenta a Renova, ainda revelando que o processo de análise da qualidade da água do rio Doce contará com 22 estações automáticas de monitoramento, a partir do mês de julho deste ano, além das coletas que hoje são feitas manualmente.
“Os equipamentos vão gerar dados sobre a ocorrência de chuvas, temperatura do ar e nível do rio. Haverá transmissão on-line dos resultados para formar rede de informação e alerta para os Centros de Comando no período chuvoso e as empresas de abastecimento de água”, salienta o informe para concluir:
“Oito dessas estações serão equipadas com sonda que verifica, de hora em hora, parâmetros múltiplos, como turbidez, acidez (PH), condutividade e temperatura da água, bem como a existência de microrganismos. Essas informações vão subsidiar o planejamento operacional das estações de tratamento de água. Atualmente, a coleta ocorre manualmente em 115 pontos distribuídos na Bacia do Rio Doce e na região costeira. Os laudos gerados são disponibilizados para agências reguladoras e o Poder Público e encontram-se de acordo com os parâmetros definidos pelos órgãos competentes."